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Ciao a tutti! Está vindo para Milão e quer planejar sua viagem sabendo quais serão os feriados por aqui? É pra já! Veja a lista com os feriados na Itália e Milão em 2022:

1 de janeiro (sábado) Capodanno o Primo dell’Anno  (Ano Novo)

6 de janeiro (quinta-feira) Epifania o La Befana (Epifania ou Festa da Befana)

17 de abril (domingo) Pasqua  (Páscoa)

18 de abril (segunda-feira) Lunedì dell’Angelo o Pasquetta (Segunda-feira do Anjo ou mini-páscoa)

25 de abril (segunda-feira) Festa della Liberazione  (Festa da Libertação)

1 de maio (domingo) Festa del Lavoro (Dia do Trabalhador)

2 de junho (quinta-feira) Festa della Repubblica (Festa da República)

15 de agosto (segunda-feira) Ferragosto o Assunzione                 

1 novembro (terça-feira) Ognissanti o Tutti i Santi  (Todos os Santos)

7 dezembro (quarta-feira) Sant’Ambrogio (Santo Ambrósio) *

8 de dezembro (quinta-feira)  Immacolata Concezione (Imaculada Conceição)

25 dezembro (domingo) Natale (Natal)

26 de dezembro (segunda-feira) Santo Stefano (Santo Estêvão)

*feriado somente em Milão, todos os outros dias são feriados em toda a Itália.

Dia 1 de janeiro. Praticamente tudo está fechado, aproveite para conhecer as atrações ao ar livre da cidade. Pouquíssimos restaurantes funcionam, os transportes funcionam em horários reduzidos, hotéis funcionam normalmente e as igrejas abrem (mas podem sofrer alterações nos horários). Lembre-se: dia 31 de dezembro, não é feriado, então as atrações funcionam com horários reduzidos apenas.

6 de janeiro. Dia da Epifania ou dos Reis Magos e na Itália também se comemora a Festa della Befana que é uma figura muito caraterística e importante do folclore italiano, super amada por crianças e adultos. Ela é uma bruxa bondosa e toda noite do dia 5, antes de ir dormir, crianças deixam suas meias penduradas, já esperando seus docinhos. As crianças que se comportaram bem no ano anterior ganham esses doces, e aquelas que foram malcriadas e desobedientes ganham pedacinhos de carvão (por isso “docinhos de carvão” feitos de açúcar são facilmente encontrados nas lojas, tudo para pregar uma peça rs).

Leia aqui nosso post completo sobre a Befana

17 de abril. No domingo de Páscoa é hora de comer muitos ovos de Páscoa e colombas. Alguns eventos, como Mercadinhos de Páscoa fazem a cidade ficar muito divertida!

18 de abril. A Pasquetta (mini-páscoa) é a segunda-feira seguinte ao domingo de Páscoa, também chamada de “lunedì dell’Angelo” (segunda-feira do anjo) onde comemora-se a aparição do anjo anunciando a ressurreição de Cristo. Ah, e aqui na Itália, a sexta-feira santa não é feriado hein.

25 de abril. O dia da libertação da Itália, também conhecido como aniversário da libertação ou simplesmente 25 de abril, é um feriado nacional italiano que comemora o fim da ocupação nazista do país durante a Segunda Guerra Mundial.

1 de maio. Assim como no Brasil, é o Dia do Trabalhador.

2 de junho. É um dia comemorativo nacional da Itália criado para comemorar o nascimento da República Italiana. É comemorado todos os anos em 2 de junho, data do referendo institucional de 1946, bem como o aniversário da morte de Giuseppe Garibaldi.

15 de agosto. Ferragosto é o feriado mais esperado pelos italianos, ele celebra a Assunção de Maria e todo mundo aproveita para começar oficialmente as férias de verão. Praticamente tudo está fechado (tudo mesmo), então aproveite para conhecer as atrações ao ar livre de Milão e fazer nosso lindo Ensaio Fotográfico se estiver por aqui.

1 de novembro. Dia de todos os Santos e é feriado. Já o dia de finados (2 de novembro) não é feriado na Itália.

7 de dezembro. Dia de Santo Ambrósio, padroeiro de Milão (feriado só em Milão), as lojas e restaurantes do centro histórico abrem, as mais afastadas não. Além disso, é nesse dia que os milaneses montam suas árvores de Natal.

8 de dezembro. Dia da Imaculada Conceição, hora de decorar a árvore de Natal de casa para quem não é milanês.

25 de dezembro. Natal. Atrações fechadas, então aproveite para conhecer as atrações ao ar livre da cidade. Lembre-se que dia 24 de dezembro não é feriado, então o funcionamento das atrações é apenas reduzido.

26 de dezembro. Dia de Santo Estêvão, primeiro mártir do cristianismo. Em Milão, as lojas do centro já estão funcionando, assim como as Igrejas.

Ciao a tutti! A partir de 18 de setembro, para inaugurar a temporada de outono no Palazzo Reale, chegou a tão esperada exposição dedicada ao mestre do impressionismo Claude Monet. Fomos visitá-la e mostramos aqui como foi descobrir um poucos das 53 obras emprestadas do Musée Marmottan Monet de Paris, o maior núcleo da obra de Monet no mundo, fruto de uma generosa doação de Michel, seu filho, ocorrida em 1966 ao museu parisiense. Vamos lá?

A primeira coisa que devemos lembrar é que nessa mostra constam 53 obras de Monet, incluindo os seus Nenúfares (1916-1919) e o Parlamento, Reflexões sobre o Tamisa (1905). O percurso cronológico traça toda a tragetória artística do Mestre impressionista com obras que o próprio artista considerou fundamentais, privadas, tanto que as guardou em sua casa em Giverny e nunca as quis vender.

Monet, com toda sua sensibilidade, escolheu deixar seu atelier para pintar a verdade, quebrando regras. Para os impressionistas, a paisagem ou a cena da vida moderna são mais importantes do que o sujeito, ideia completamente diferente de, por exemplo, Leonardo da Vinci, onde o sujeito é sempre o protagonista de suas obras. A mostra é dividida em 7 seções e apresenta “Le Rose”, a última obra do artista, que data de 1926 (ano de sua morte aos 85 anos de idade) e representa sua última celebração. Monet sofria há alguns anos de catarata e aqui se despede com cores contagiantes, impressionantes, com frágeis rosas, das quais botões se destacam em um lindo céu azul.

O mundo de Monet, com suas pinceladas encorpadas mas muito delicadas, com aquela luz às vezes turva e às vezes ofuscante, às vezes evanescente, em uma natureza retratada sempre em seu momento mais evasivo, em uma beleza única. Durante a mostra, duas salas ainda nos permitiram mergulhar em seus quadros em um show de luzes magnífico que nos fez perder a noção do tempo. Isso tudo misturado a espelhos que nos fizeram refletir em cada obra, sob a luz e as mudanças deste que foi um dos protagonistas indiscutíveis do impressionismo: Claude Monet.

Palazzo Reale

Piazza del Duomo, 12

Por conta da emergência Covid-19 é necessária a apresentação do Green Pass ou do exame negativo feito nas últimas 48h antes da visita


Quando

de 18 de setembro 2021 a 30 de janeiro de 2022

Segunda-feira fechado

Terça, quarta, sexta, sábado e domingo, das 10h às 19h30

Quinta-feira das 10h às 22h30

A bilheteria e a entrada fecham uma hora antes

Valores

De €8 a €16

Gratuito para menores de 6 anos, que devem mesmo assim comprar o ingresso GRATUITO, selecionando-o no carrinho. Não será possível solicitá-lo diretamente na bilheteria.

Compre aqui seu bilhete online.

Boa visita!

Ciao! Impossível não se apaixonar pelo Duomo de Milão com sua beleza única em delicados tons de rosa aliada à sua excepcional arquitetura. A Catedral de Milão, a maior igreja da Itália, uma das mais importantes e bonitas do mundo é inteirinha feita em mármore rosa e branco, mármore esse que é extraído na Cava Madre di Candoglia (pedreira mãe de Candoglia), que abriu recentemente para visita ao público e é claro que fomos lá conferir e aqui contamos tudo! 

Origem do Duomo de Milão, a escolha do mármore e seu transporte

O Duomo começou a ser contruído entre 1386 e 1387. E foi o duque de Milão, Gian Galeazzo Visconti quem decidiu substituir o tijolo, originalmente projetado para a construção do Duomo no projeto inicial e material geralmente usado nas catedrais lombardas, por mármore. Uma ótima, cara e corajosa escolha. 

Para isso, em 24 de outubro de 1387, Gian Galeazzo cedeu a Cava (pedreira) de Candoglia à Veneranda Fabbrica (a “dona” do Duomo) e concedeu o transporte gratuito dos mármores para Milão pelos canais, lembrando que Milão é cortada por vários canais que até continuam existindo, mas que hoje estão cobertos (não soterrados) pelas ruas, restando abertos apenas os Navigli. 

O transporte do material para Milão inicialmente era feito passando pelo Lago Maggiore, ao longo do Ticino e do Naviglio Grande e depois dentro da cidade até o cais de Sant’Eustorgio (onde hoje ainda temos a Basilica di Sant’Eustorgio, que contém o sarcófago dos Reis Magos). E dali, pelo sistema de eclusas, construído pela Fabbrica, chegava ao Laghetto (atual Via Laghetto), a poucas centenas de metros do canteiro de obras da Catedral, no coração da cidade.

Mesmo após o fechamento do Laghetto, o transporte dos blocos para Milão permaneceu por água até 1920, passando então por rodovia e é assim até hoje. 

O mármore de Candoglia

Em sua visita ao Duomo, repare que o mármore de Candoglia é caracterizado por tonalidades que variam do branco, ao cinza, ao rosa e ao laranja. Lindíssimo e único. 

As primeiras notícias de uma atividade extrativa desse mármore remontam ao ano 1000 e se supõe que o mármore fosse já usado pelos romanos. Se imagina que foram abertas pelo menos 30 pedreiras, a maioria hoje abandonadas.

O transporte do mármore sempre foi difícil, caro e cansativo. E dessa forma, inúmeras construções foram feitas durante o percurso para a moradia dos operários. Perto de 1680 é aberta uma nova Cava, depois chamada de Cava Madre, unica e exclusivamente para a obra mais imponente já realizada pela Veneranda Fabbrica, o Duomo de Milão, e exclusivamente para ele esse mármore é utilizado. 

Em pequenas partes, o mármore de Candoglia foi utilizado para construcões religiosas de diversas catedrais milanesas, como a Certosa di Pavia e a Cappella Colleoni a Bergamo, sempre autorizadas pela Veneranda Fabbrica.

Extração do mármore de Candoglia

A maior atividade das pedreiras de Candoglia coincide com a construção do Duomo de Milão e as técnicas usadas inicialmente eram extremamente rudimentares e vinham desde o período romano e seguem até o ano 1500. 

A partir de 1500 começa o uso da pólvera, técnica seguida até 1795 quando é proibida. Hoje, é usada a técnica do fio diamantado, onde, uma vez cortada a base, as costas e os lados da pedra, o bloco de mármore é completamente isolado do resto. Cada bloco é levado para a serraria onde são eliminados os “defeitos” do bloco e retirados os minerais não desejados.

E assim, cada bloco, após ser escolhido, passa por uma outra seleção e preparo no Canteiro de Obras do Mármore de Milão e voltam à Candoglia para o Laboratório de Ornamentos para serem esculpidas e substituir uma outra parte igual do Duomo que foi deteriorada pelo tempo. 

Sim, o Duomo de Milão passa por um constante e ininterrupto restauro. Cada escultura e cada pedacinho dele é constantemente monitorado e eventualmente substituído por uma peça igual. O mármore, apesar de bonito, é uma pedra que estraga com o tempo e quanto mais exposta ao sol, vento e chuva, mais se deteriora. E o Duomo, sendo feito inteiramente deste material, nunca pára de ser substituído, sendo uma verdadeira escultura viva.

E mesmo que a extração do mármore seja cara e difícil, este nunca foi um motivo para parar o ímpeto da Veneranda Fabbrica, que ainda hoje enfrenta com responsabilidade o grande empreendimento a conservação deste Monumento, cuidando do cultivo e manutenção da Cava.

Segundo a guia da Cava, ainda será possível extrair o mármore de Candoglia por mais 300 anos. Depois disso, não sabemos o que será decidido. 

O laboratório das esculturas

É possível visitar o laboratório onde são feitas as esculturas simples que substituirão aquelas desgastadas no Duomo, como anjos e detalhes menores. As esculturas mais elaboradas são esculpidas em outro laboratório. O bacana é poder ver de pertinho o processo, e saber que quando visitamos o Duomo, é possível saber quais partes são as antigas (pedras mais escuras, muitas vezes quase pretas de desgaste e sujeiras do ambiente que grudam nos poros do mármore) e as pedras novas (branquinhas e mais lisas ao toque). 

A visita 

A visita à Cava Madre é muito interessante, sempre guiada, já que deve seguir todas as medidas de segurança de uma pedreira. A visita é incrível não só pela pedreira de mármore em si, mas por sua história e paisagens ainda mais incríveis. Pense que o Duomo de Milão é uma grande escultura, rica em detalhes, todos eles pensados e cuidadosamente monitorados para que a Catedral continue nos encantando e sendo o coração de Milão. Vale muito a pena visitar. 

Bilhetes e horários

As visitas à Cava Madre podem ser realizadas às terças, sextas sábados (suspensas em agosto aos sábados) às 9h00 e 11h00, com uma duração aproximada de 90 minutos. O serviço inclui a visita guiada e o serviço de transporte interno, que permite chegar à entrada da Cava Madre partindo do estacionamento Mergozzo, em frente aos escritórios da Veneranda Fabbrica (Via Giusto Cominazzini, 39 – Fraz. Candoglia – Mergozzo (VB). 

Em caso de presença de visitantes estrangeiros, o serviço será bilingue italiano / inglês. 

O custo da visita é de 25,00 € (reduzido 15,00 € para visitantes dos 12 aos 18 anos, 12,00 € para visitantes dos 6-11 anos e grátis até 5 anos). E para aprofundar o conhecimento do território, todos os sábados às 15h00 também se realiza uma visita guiada de 150 minutos: depois da Cava Madre, será possível aprofundar a história local visitando o Museu Arqueológico de Mergozzo e a exposição permanente alojada no Sala Pietra dell ‘Antica Latteria, onde você pode aprender sobre as antigas ferramentas de trabalho dos escultores. O custo deste segundo tipo de passeio é de 27,00 € (17,00 € para visitantes dos 12 aos 18 anos, 14,00 € para os 6-11 anos e grátis até 5 anos).

Só é possível chegar de carro, já que a Cava Madre fica bem afastada. Estacionamento gratuito. 

Para agendar sua visita, acesse o site do Duomo 

Ciao! Quem não conhece o Campari ou o Campari Bitter, o mítico aperitivo? Americano, Negroni, Negroni Sbagliato, Milano-Torino, Garibaldi… todos esses drinks não existiriam sem Campari! Fomos descobrir a Galleria Campari, o museu de uma das maiores e mais icônicas marcas italianas e contamos tudo. Vamos lá!

Campari nasce em Milão

Pense que não existiria Campari sem Milão e seus laços começam já no início da década de 1860, quando Gaspare Campari mudou-se da província de Novara para promover um licor de sua própria invenção à base de ervas, plantas aromáticas, frutas, álcool e água. E é aí que a história fica interessante, pois Gaspare tinha uma uma lojinha na parte da cidade onde hoje temos a Galleria Vittorio Emanuele e com o projeto de demolição dessa área para dar lugar a luxuosa Galleria, Gaspare consegue em troca uma licença para abrir suas próprias instalações na então recém-criada Galleria Vittorio Emanuele II.

Gaspare e sua família moram e trabalham no exato lugar onde atualmente é a Motta Milano 1928, bem na entrada esquerda da Galleria Vittorio Emanuele II, onde no andar térreo funcionava seu bar, a produção de Campari acontecia nos porões (até 1904, quando abrem a fábrica em Sesto San Giovanni) e no andar superior a casa da família, casa essa inclusive que nasce Davide Campari, responsável por levar a marca a excelência conhecida mundialmente. Inclusive Davide foi a primeira pessoa a nascer na Galleria Vittorio Emanuele, que honra! 

E na novíssima Galleria Vittorio Emanuele, a sorte do espaço e do produto Campari é imediata, também graças a campanhas publicitárias de sucesso que iniciam uma sólida relação entre a marca e o mundo da arte que marcará toda a história da Campari. Entre as colaborações mais conhecidas podemos citar a de Cesare Tallone, autor do primeiro calendário publicitário, com Marcello Dudovich, inventor do cartaz que representa dois amantes em fundo vermelho, precursor do conceito de “paixão vermelha” ainda hoje ligado a comunicação da marca, com o futurista Fortunato Depero, inventor da garrafa monodose do Campari Soda, e muitos outros.

O que encontramos na Galleria Campari

O espaço da Galleria Campari é dedicado às marcas Campari e Campari Soda e sua comunicação através da arte e do design. A Galeria Campari nasce no prédio que de 1904 a 2005 foi sua fábrica, em Sesto San Giovanni, quando esta ainda era ainda um campo próximo a Milão (hoje Sesto San Giovanni faz parte da grande Milão), sendo assim, Mario Botta, o arquiteto que concebeu a Galeria Campari como museu, começou daqui: do passado, da fábrica, da tradição. Tanto é que a fachada que vemos hoje é a original da antiga fábrica.

Assim que você entra na Galleria Campari, uma jornada interativa irá te envolver. Aqui você encontrará uma seleção do Arquivo Campari, que reúne mais de 3.000 obras em papel, pôsteres originais da Belle Époque, pôsteres e gráficos publicitários das décadas de 1930 a 1990, carrosséis, comerciais de diretores renomados e objetos feitos por consagrados designers. A exposição é interativa e multimídia, uma delícia de se visitar assim como degustar um bom Campari.

Aberta ao público desde 2010, por ocasião dos 150 anos da empresa, a Galleria Campari é um espaço evocativo, mas também um centro de pesquisa e produção cultural, que resume muito do que tornou Milão e nosso país grandes: arte, design e capacidade de fazer negócios, onde a inovação está nas bases sólidas oferecidas por tradição, como tudo na Itália.

Temos certeza que você vai adorar a visita! Cin Cin

Informações da Galleria Campari

Onde?
Viale A. Gramsci, 161 Sesto San Giovanni – Milão

Quanto?
Adultos 12.00€ 
Crianças 6-13 anos 8.00€
Crianças 0-5 anos gratuito

A visita é sempre guiada e pode ser feita na língua italiana ou em inglês e para reservar sua visita, acesse o site www.campari.com/it 

Ciao! De um lado Milão devastada pelos bombardeios da Segunda Guerra, de outro lado Milão quase irreconhecível pela epidemia de Covid 19. E é comparando estes dois eventos traumáticos que nasce a exposição fotográfica MA NOI RICOSTRUIREMO (Mas nós reconstruiremos). 

Todos sabemos que Milão é uma cidade poderosa, uma das mais importantes da Europa, que já enfrentou vários períodos difíceis ao longo da história. Um desses períodos é absolutamente a sequência de bombardeios que aconteceram durante a Segunda Guerra Mundial, em particular os ataques de agosto do ano de 1943 que deixaram a cidade de joelhos.

No final do verão deste mesmo ano Milão estava irreconhecível, com destroços por toda parte e um grupo de fotógrafos com paciência e paixão que registrou tudo. Nos dias de hoje, mais precisamente na primavera de 2020, Milão enfrenta um novo desafio: a pandemia, que a deixa vazia, silenciosa e frágil. Durante o lockdown nasce essa exposição, com os mesmos lugares símbolos, já machucados pela guerra antes e agora machucados pelo vazio da pandemia.

Assim como a guerra, a pandemia mudou toda a rotina de milhões de pessoas, seus modos de estudar, trabalhar, consumir, comprar e viajar. Ambos os eventos, mesmo diferentes entre si, tem em comum o desejo de “voltar ao normal”, de reconstruir tudo que foi perdido, a vontade de assegurar um mundo melhor e de previnir que aconteça de novo. 

Nessa exposição, vemos 70 imagens de onze lugares simbólicos de Milão, incluindo a Última Ceia, a Galeria Vittorio Emanuele, a Basílica de Santo Ambrósio, Brera e a Piazza Fontana, todos devastados pelos ataques aéreos de 1943. As imagens mostram a face de uma cidade destruída e ao mesmo tempo corajosa, com fotos cruciais que retratam seu orgulho e sua grande capacidade de renascer. Com o testemunho histórico de acontecimentos tão dramáticos, a exposição pretende, apesar da grande diferença de origens, situações e efeitos entre os dois eventos históricos, ser um estímulo para o atual recomeço de Milão. 

E ainda sobre os lugares símbolos de Milão, quem não conhece o Teatro Scala, o maior teatro lírico do mundo? Bom, aqui ele aparece em escombros. A linda e dourada Galeria Vittorio Emanuele, o primeiro shopping do mundo, dessa vez é apenas um esqueleto contra o céu. E ainda nossa amada estátua em ouro que reluz sob o Duomo, a Madonnina, que ficou anos coberta por um tecido verde para não brilhar e chamar atenção para um ataque, só assim sendo salva. 

Ou ainda a Última Ceia de Leonardo da Vinci que foi protegida com uma barricada desesperada, onde tudo em sua volta caiu e foi incendiado, porém ela, graças ao grande amor dos milaneses, foi salva e ainda hoje a podemos visitar. E por último, as obras da Pinacoteca di Brera, que graças a mente visionária de sua diretora Fernanda Wittgens, que solicitou e acompanhou pessoalmente o transferimento das obras da Pinacoteca a refúgios em várias partes da Itália, salvando-as todas. 

Isso tudo sem nos esquecer do cotidiano dos milaneses afligidos pela guerra: as carroças que substituíram os tram porque os trilhos desses ficaram completamente destruídos, um almoço ou jantar ao ar livre, na beira da estrada, em torno de uma mesa improvisada, porque as casas não estavam mais alí, a ajuda entre os vizinhos, o olhar resignado e o silêncio, o sofrimento e o medo, a força e coragem em cada imagem. 

Hoje, com as claras diferenças, nos lembramos quando saímos as ruas de Milão no dia seguinte ao fim do lockdown. O mesmo olhar resignado e o silêncio nos rostos das poucas pessoas que se aventuraram nas ruas, a força e coragem em cada rosto com máscara, o arrepio, o medo, a saudade, o amor, a vontade de revê-la, de revivê-la. 

A mostra Ma noi ricostruiremo é particularmente terrível e bonita, é um soco no estômago e um alívio de esperança, tudo ao mesmo tempo. Nós moramos em Milão, a amamos e fizemos dela nossa casa, fomos acolhidos por essa cidade valente que nunca se abala, que luta e vive, que é generosa e vibrante. Essas imagens do passado e do presente, contrapostas, nos enchem de orgulho de nossa Milão, uma cidade que sempre renasce, que sempre se reconstrói. Sim, porque  nós a reconstruiremos! 

“MA NOI RICOSTRUIREMO. La Milano bombardata del 1943 nell’Archivio Publifoto Intesa Sanpaolo”

Onde
Gallerie d’Italia – Milão

De 9 a 29 de outubro entrada pela Via Manzoni, 10 e de 30 de outubro até 22 de novembro pela  Piazza della Scala, 6

Quando e que horas

A mostra vai até 22 de novembro de 2020 de terças a sextas das 11:00 às 19:00 (entrada permitida até às 17:30). Fechado às segundas-feiras

Quanto

Bilhete comum válido para visitas a exposições temporárias e coleções permanentes, que pode ser adquirido diretamente na bilheteira e no TicketOne (recomenda-se a reserva).

De 9 a 29 de outubro de 2020
Inteira 5,00 € 

Ingresso gratuito para menores de 18 anos

De 30 de outubro a 22 de novembro de 2020 

Inteira 10,00 € 

Ingresso gratuito para menores de 18 anos

Ciao! Não há dúvidas de que Frida Kahlo é uma figura central da arte mexicana, ela é a mais famosa pintora latino-americana do século XX. Com o marido Diego Rivera, um dos mais importantes muralistas do México, formaram um dos casais mais emblemáticos da história da arte mundial. E a mostra Frida Kahlo “Il Caos Dentro” em Milão não pensa somente a artista Frida, mas principalmente a mulher Frida e em todos os seus diversos conflitos e problemas em sua vida que geraram um verdadeiro caos dentro dela. Fomos conferir a mostra e aqui contamos tudinho. Vamos lá!

Nascida em 1907 em Coyoacán, periferia da Cidade do México, Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón herdou e fez de seus os valores da Revolução Mexicana, incluindo seu amor pela cultura popular. As canções, as roupas indígenas, os artesanatos e os brinquedos tradicionais, aliados à influência religiosa da mãe e às noções técnicas sobre a fotografia adquiridas do pai, o qual tinha um apego particular, criaram um vínculo profundo entre a sua produção artística (e portanto a sua existência) e a história do México. 

Frida sempre teve um vida semeada por tragédias: aos seis anos de idade contrai poliomielite, uma doença que deixaria seu pé e perna direita deformados, fazendo com que seu apelido na infância fosse “pata de palo” (perna de pau). Essa deformidade a faz mancar pelo resto de sua vida. 

Aos 18 anos, Frida ainda sofre um grande acidente que mudaria mais uma vez sua vida: o ônibus em que viajava colidiu com um bondinho. Várias fraturas na coluna, vértebras lombares e osso pélvico, bem como um ferimento penetrante no abdômen fazem com que Frida passe por uma longa convalescença que a dá tempo para se dedicar à pintura. Porém, as consequências desse grave acidente tornaram a sua existência bastante atormentada, na verdade, Frida teve vários abortos espontâneos e enfrenta mais de trinta operações. Todos esses acontecimentos infelizes ela representa em suas pinturas, dos quais também vaza a imensa dor interior causada pelas constantes traições de Diego Rivera, seu marido.

A obra de Frida tem raízes na tradição popular, mas também nas experiências de vida e nos sofrimentos sofridos, que ela consegue exprimir com extraordinário talento: o caos interior e o labor existencial exprimem-se numa produção artística excepcional, capaz de transcender todas as épocas e fronteiras. E não só. Na verdade, são constantes as referências a um México que passa por profundas transformações sociais, políticas e culturais, as mesmas que o teriam conduzido à modernidade do século XX. A exposição “Frida Kahlo – O caos interior” é uma viagem sensorial que, com o apoio da tecnologia, dá a oportunidade de observar de perto a vida e obra de Frida, sua relação conturbada com Diego Rivera, seu quotidiano e os elementos da cultura popular tão caros a artista.

Imperdível.

Frida Kahlo Il Caos Dentro

Fabbrica del Vapore – Via Giulio Cesare Procaccini, 4

A mostra vai de 10 outubro 2020 à 28 março 2021

Horários

Segunda a sexta: 09:30 / 19:30 

Sábado e Domingo: 09:30/21:00 

(última entrada 30 minutos antes do fechamento)

Bilhetes a partir de €15 aqui

Ciao! Milão é uma cidade com muitas atrações, para todos os gostos. Algumas delas, inclusive, só os moradores conhecem e passam despercebido por turistas que nos visitam o ano todo. Só que essa atração que vamos te contar, praticamente nem os moradores conhecem: a calçada da fama de Milão! 

Se estivéssemos em Los Angeles, todos estariam fazendo fila para serem fotografados ao lado das mãozinhas famosas de Hollywood. Já em Milão a coisa é bem diferente. Sophia Loren, Sylvester Stallone, Sharon Stone, Patrick Swayze, Kirk Douglas, Arnold Schwarzenegger e muitos outros VIPs cravaram suas patinhas na calçada da fama de Milão, e ninguém liga!  

A calçada da fama de Milão é hoje um corredor de passagem entre prédios empresariais, onde bicicletas são estacionadas em cima, pessoas ficam paradas sem nem se dar conta do que está ali sob seus pés, tem até um café que tem suas mesas em algumas das assinaturas. Inclusive algumas das placas já estão totalmente desgastadas pelo tempo. 

Aí você deve estar se perguntando o porquê dessa calçada. Bom, este prédio já foi a sede de uma revista semanal chamada “TV Sorrisi e Canzoni”, criadora da “Notte dei Telegatti” (Noite dos Telegatos) uma premiação tipo o Troféu Imprensa do Brasil, só que o prêmio era um Telegatto. Sim, um troféu em forma de gato (seja lá o motivo disso) e essa calçada nasceu para dar aquele plus a premiação e a sede da revista. 

Arnold Schwarzenegger com o seu Telegatto

Claro que a calçada da fama em Milão teve a melhor das intenções e várias patinhas VIPs, porém a premiação não existe mais e a calçada está ali praticamente abandonada. E olha que ela fica a poucos metros de Duomo hein, bem no centro!

Ficou curioso? Vindo pra Milão, dê uma passadinha por ali e tire uma foto com uma das famosas mãozinhas. 

E falando em foto, aproveite e saiba mais sobre nossos ENSAIOS FOTOGRÁFICOS EM MILÃO! Leve para casa as mais lindas recordações!

A calçada da fama de Milão

Largo Corsia dei Servi 21 – Milão 

Gratuito

Ciao! Se nos perguntassem qual o nosso museu preferido em Milão, a resposta sem dúvidas seria a Pinacoteca Ambrosiana. Essa resposta não se deve só pelas suas inúmeras obras de arte de extrema importância e beleza, como o esboço da Escola de Atenas de Rafael e a Cesta de Frutas de Caravaggio, mas também pelo prédio em si que também é uma obra de arte. Isso tudo além de sua Biblioteca, que também carrega obras de arte e uma das maiores coleções do mundo. Vamos então descobrir a Pinacoteca Ambrosiana, o nosso museu preferido em Milão?

Origem da Pinacoteca Ambrosiana

Sua origem é realmente muito antiga. O projeto que a levou a ser o que é hoje foi elaborado em 1607, mas a Pinacoteca foi concluída apenas onze anos depois, ou seja, em 1618. O propósito inicial de seu fundador Federico Borromeo, era a de conceber uma espécie de “modelo a seguir” para uma futura Academia de Belas Artes, visando a formação de mentes, para que essas fossem orientadas a refinar o sentido do gosto e da estética.

Junto com a Biblioteca Ambrosiana e a Academia Ambrosiana, a Pinacoteca compõe a Veneranda Biblioteca Ambrosiana. Desde o seu início, a Galeria de Arte Ambrosiana abrigou algumas das obras dos mais talentosos artistas da época, ainda hoje conhecidos pelo esplendor e beleza de sua arte: Ticiano, Rafael, Leonardo, Luini, Caravaggio, Brueghel ou o melhor de suas coleções de obras de arte que ainda hoje podemos admirar. Entre as pinturas mais famosas que ainda fazem parte do acervo é possível admirar:

“O Músico” di Leonardo Da Vinci 

“La canestra di frutta” di Caravaggio

“La Madonna del Padiglione” di Sandro Botticelli 

“L’Adorazione dei Magi” di Tiziano 

“La Sacra Famiglia” di Bernardino Luini 

“Il Fuoco e l’Acqua” di Jan Brueghel

Todos imperdíveis e a lista não termina aí.

Esboço da Escola de Atenas de Rafael 

Vamos começar indo ao Vaticano, pois quem já o visitou, sabe que o afresco da Escola de Atenas de Rafael está em uma de suas salas mais importantes. Afresco esse que tem um esboço aqui em Milão, que é tão único quanto e que também faz parte da lista de obras imperdíveis da Pinacoteca. Tudo começa no ano de 1508, quando o jovem Rafael chega a Roma para criar o afresco da Escola de Atenas na “Stanza della Segnatura” do Vaticano. 

Junto com Rafael estão os grandes mestres. Ele sabe que tem que enfrentar Michelangelo, o que não é fácil. Sua tarefa é representar Platão e Aristóteles (inclusive Platão é representado como Leonardo da Vinci) cercados por sábios da antiguidade grega (não é por acaso que o título correto da obra é A Filosofia). Ele o faz criando um lindo esboço em tamanho real, sem saber que este esboço irá cruzar fronteiras e atravessar os séculos. 

O esboço é de tamanha beleza que vira objeto de desejo do cardeal Federico Borromeo (criador da Pinacoteca Ambrosiana) que o obtém por empréstimo até 1626, depois comprando-o por uma soma exorbitante. Porém, a aventura está apenas começando. No final do século XVIII, o esboço foi requisitado por Napoleão, que o transferiu para Paris e o expõe no Louvre. 

Só em 1815, graças ao grande escultor italiano Canova, que o esboço volta para a Itália e a partir de 1837 fica exposto na Ambrosiana. E para variar, a obra não tem sossego com a chegada das duas guerras mundiais, onde ela é guardada em um cofre. Somente em 1950 o esboço volta a Ambrosiana e com tantas mudanças de mão, a obra entra em um grande processo de degradação. Saiba que ela já foi molhada, criou fungos e foi dobrada das maneiras mais erradas possíveis. 

A boa notícia é que Milão a restaurou e desde 2019 o esboço da Escola de Atenas está em exposição na Pinacoteca Ambrosiana! Ela é uma das obras mais lindas e impactantes, digna do mestre Rafael, que deve absolutamente ser visitada.

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O Código Atlântico de Leonardo Da Vinci

Na Biblioteca Ambrosiana, que também faz parte do percurso de visita e que fica junto a Pinacoteca, temos o Código Atlântico de Leonardo da Vinci. E para quem não sabe o que é o Código Atlântico, ele nada mais é que a coleção de estudos de Leonardo da Vinci, reunidos em 12 volumes. A caixa que se encontra na Biblioteca Ambrosiana é original e foi criada para guardar esses volumes, porém o Código hoje em dia não fica dentro dessa caixa, mas sim exposto em partes, seja na Pinacoteca ou na Biblioteca Ambrosiana, seja em outros museus do mundo. Único e imperdível.

O Brasil na Pinacoteca Ambrosiana

Sim, o Brasil é representado na Pinacoteca Ambrosiana de Milão. Desde 26 de fevereiro de 2019, seu caminho expositivo é lindamente enriquecido com um artefato milenar, uma rara e preciosa capa cerimonial Tupinambá, população que habitava a faixa litorânea atlântica entre a foz do rio Amazonas e o estado de San Paulo, todo realizado com penas. A capa, datada do final do século XVI e início do século XVII, voltou recentemente ao seu esplendor original, graças a um restauro. Lindo!

A lenda de Lucrécia Bórgia

Na Ambrosiana, há uma longa mecha de cabelos dourados de Lucrécia Bórgia, Duquesa de Ferrara. Durante o século XIX, a mecha se tornou uma espécie de relíquia, quase um fetiche de escritores e poetas que passaram por Milão, como Lord Byron. Diz a lenda que na noite dos mortos seu espírito desliza pelos corredores e salões da Pinacoteca em busca do relicário que contém sua mecha de cabelo, arma de sedução e símbolo de sua vaidade. Uma vez que a encontra, Lucrécia o lava e penteia como fazia quando estava viva, e por esse motivo, ainda hoje a mecha é bonita, macia e brilhante. 

As luvas de Napoleão

Um par de luvas, desbotado com o tempo, foi usado por Napoleão Bonaparte e chegou a Ambrosiana acompanhado da seguinte nota manuscrita: “Eu, abaixo assinado, declaro que as luvas amarelas unidas aqui, presas por um cordão … foram-me dadas por meu marido, o barão Giuseppe Cavalletti, escudeiro do príncipe Eugene vice-rei da Itália, quando ele voltava para casa após a batalha de Waterloo. Ele me disse para mantê-las em memória de Napoleão I, ao qual este lutou lado a lado nesta batalha, como havia feito em muitas outras, ocasião em que, dadas a ele, permaneceram em suas mãos. Marta Cavalletti, 23 de junho de 1860 “. Lembrando que a Batalha de Waterloo ocorreu em 18 de junho de 1815 e marcou a derrota final de Napoleão, que foi seguida por seu exílio na ilha de Sant’Elena, onde morreu em 5 de março de 1821.

Vai dizer que depois de tudo isso que contamos, a Pinacoteca Ambrosiana não é super interessante? Inclua a Ambrosiana em seu roteiro por Milão! 

Pinacoteca Ambrosiana

Piazza Pio XI, 2 Milão

Como chegar

Metrô 

Linha M1 estação Cordusio ou Duomo 

Linha M3 estação Duomo 

Tram 

Linhas 12-14-16 estação Orefici/Cantù 

Linhas 2-3 estação Duomo

Horário de funcionamento

Todos os dias (exceto segundas-feiras, 25 de dezembro, 1 de janeiro e Páscoa) das 10 às 18 horas

Atenção: por causa da emergência sanitária, os horários podem sofrer alteração. Veja aqui os horários antes de sua visita 

Bilhetes a 15 euros

Mais informações acesse www.ambrosiana.it

Ciao a tutti! O Forte Montecchio Nord fica em Colico, a 1h30 de Milão e é a fortaleza mais bem preservada da Primeira Guerra Mundial em toda a Europa. Fomos visitá-lo e contamos tudo aqui para vocês. Vamos lá!

Colico é uma comuna italiana da Lombardia, fica na província de Lecco e tem cerca de 7.700 habitantes. Ela foi escolhida precisamente pela sua ótima posição estratégica, pois fica bem na “encruzilhada” entre a Suíça, Val Chiavenna e Trentino Alto Adige (ou seja, pra Áustria), neutralizando qualquer “acesso indesejado” e fechando a rota para o sul, ou seja, a rota que leva a Milão. A visita ao forte permite hoje observar as soluções arquitetônicas, técnicas e organizacionais, algumas das quais realmente inovadoras para a época, adotadas no início do século na construção de fortes militares.

Construído entre 1912 e 1914, o Forte Montecchio Nord é o único forte militar italiano da Grande Guerra que ainda preserva seu armamento original e é o mais bem preservado da Europa. Sua área inclui duas praças militares: uma inferior e outra superior, um corpo principal e a bateria, um edifício de concreto revestido de granito de San Fedelino, dividido em dois andares. No primeiro andar fica o gerador (um gerador com sistema de redução de fumaça) e alguns armazéns, enquanto no segundo andar fica a sala de controle, além das cúpulas blindadas dos quatro canhões 149S: ainda mantidos em plena eficiência pelo Museu da Guerra Branca e que poderia disparar com precisão a mais de 14 quilômetros de distância.

No Forte também é possível visitar um paiol de pólvora escavado a sessenta metros na montanha e que está conectado à bateria por meio de um corredor blindado. E além do paiol, o alojamento que foi dos soldados italianos na Primeira Guerra e dos soldados italianos e alemães na Segunda Guerra também está ali, intacto, junto a casa de máquinas, rampas de transporte das bombas, comunicadores e todo os intrumentos de guerra e do dia a dia dos soldados.

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É interessante ver o quão organizado era o Forte, que foi “escavado” dentro da montanha e é tão bem localizado e escondido que é impossível vê-lo de longe. Nós tentamos achá-lo… nadinha. Nem precisamos dizer o quanto esse Forte é interessante de se visitar por toda sua história e claro, por seu incrível panorama do Alto Lario com vista para a Reserva Natural Pian di Spagna, Lago Mezzola, Foz do Adda e Monte Legnone.

Nem precisamos dizer o quanto esse Forte é interessante de se visitar por toda sua história.  Inclua em seu roteiro de bate e volta saindo de Milão.

Valores

Inteiro 8,00 €

Meia 5,00 € (6 a 17 anos)

Gratuito (até 5 anos)

Os bilhetes estão disponíveis apenas na bilheteria. As visitas começam a cada 1 hora.

A visita é sempre guiada e em grupo com duração máxima de 1 hora, em italiano. Para outras línguas, verifique se é possível, por email e com antecedência, direto com o Forte.

Horário

O horário de abertura do Forte Montecchio Nord muda bastante de acordo com os meses, consulte aqui os horários

Endereço 

Forte Montecchio Nord Via alle Torri 8 Colico – Lecco

Como chegar
Saindo de Milão é possível chegar no Forte Montecchio Nord de carro ou de trem. Se sua opção é ir de trem, pegue o Trenord na Estação Central de Milão ou na Estação Porta Garibaldi em direção a Estação Colico. O Forte fica a 10 minutos da estação a pé e o bilhete custa em torno de 7,30 € o trecho, por pessoa. 

Ciao a tutti! No coração de Milão, a poucos passos da Basílica de Santo Ambrósio, está o maior museu italiano na área científica e tecnológica, bem como um dos mais importantes museus do mundo no assunto. Do que estamos falando? Do Museu Nacional de Ciência e Tecnologia Leonardo Da Vinci, que fica em Milão e é uma ótima opção para curiosos e aqueles que adoram tecnologia e ciência, além de ser uma excelente opção de passeio com as crianças! Vamos descobrir mais sobre ele? 

O Museu Nacional da Ciência e da Tecnologia Leonardo da Vinci tem uma grande importância pelo fato que, em seu interior, estão preservados os maiores exemplos de como a Itália evoluiu do ponto de vista engenheiro e industrial.

Origem do Museu e Leonardo da Vinci

A construção da área central do Museu remonta ao século XVI, bem onde ficavam os claustros do antigo mosteiro da ordem olivetana. Inclusive a Basílica de San Vittore al Corpo fica bem do lado do Museu e a porta que as interligava hoje está fechada. Na década de 1950, os claustros começaram a abrigar uma galeria inteiramente dedicada ao gênio de Leonardo Da Vinci, com seus desenhos e modelos de máquinas, virando o que é hoje o museu com seu nome. É bem interessante saber que um museu de tecnologia fica no lugar de um antigo claustro, esse é aquele mix de moderno e clássico que só a Itália sabe fazer.

A visita aos desenhos e modelos das máquinas de Leonardo é interessantíssima, reserve um tempinho para ela, pois são 170 modelos históricos, obras de arte, volumes e instalações antigas que revivem a narrativa através da evolução do pensamento de Leonardo. Inclusive existe uma parte da mostra interativa que temos certeza que você vai adorar! 

Leia também! Leonardo da Vinci em Milão: descubra o gênio em 8 lugares mágicos da cidade

Fragmento da Lua e trajes espaciais

E o Museu Nacional de Ciência e Tecnologia Leonardo Da Vinci, não é só sobre o Leonardo não. Nele também encontramos um fragmento da Lua! Sim, um pedaço da Lua que foi coletado em 1972 pelos astronautas da Apollo 17, a última missão humana à lua. É uma pequena pedra de valor inestimável, talvez o mais importante testemunho do desejo de exploração da humanidade e do desafio científico e tecnológico. Foi doado em 1973 pelo presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon ao Presidente da Republica Italiana, como símbolo de amizade entre as duas nações, sendo assim exposta no Museu. 

Outros objetos de extrema importância para a história e que também estão expostos no Museu Nacional de Ciência e Tecnologia Leonardo Da Vinci, são os trajes espaciais que seriam usados por astronautas soviéticos em sua missão a Lua, na disputa contra os americanos para ver quem fazia isso primeiro. Os soviéticos, com tudo já pronto para o lançamento e aterrisagem, não conseguem o lançamento e abandonam o projeto, negando sua existência por quase 50 anos e destruindo todos os seus materiais. Bom, nem todos: esses macacões seriam usados por seus primeiros exploradores e são um raro testemunho do projeto soviético para levar o homem à Lua, e não nos pergunte como eles vieram parar em Milão. 

Lançador espacial Vega

E ainda sobre viagens ao espaço, o Museu ainda abriga a reprodução em tamanho real do primeiro Vega, desenvolvido pela Agência Espacial Europeia. Ele tem cerca de 30 metros de altura e uma massa de 137 toneladas que têm a função de transportar e liberar satélites de até 2.000 quilos. Ao contrário da maioria dos pequenos lançadores, ele é capaz de transportar várias cargas para o espaço, colocando-as em diferentes órbitas. A Vega nasceu graças à colaboração da Itália, França, Bélgica, Espanha, Holanda, Suíça e Suécia, onde seu primeiro lançamento ocorreu em 13 de fevereiro de 2012.

Um submarino no Museu

Além de ter um pedaço da Lua, trajes espaciais, maquinas de Leonardo da Vinci, lançador espacial, o Museu Nacional de Ciência e Tecnologia Leonardo Da Vinci também tem um Submarino! Ele se chama “Toti” e foi lançado em 1967, sendo assim o primeiro submarino construído na Itália após a Segunda Guerra Mundial. Sua tarefa era patrulhar as águas do Mediterrâneo para identificar a passagem de submarinos soviéticos. Em 1997, Toti fez a sua última viagem e desde 2005 está aqui em nosso Museu de Milão. E o mais legal? É possível subir a bordo do Toti e reviver as emoções dos marinheiros durante a navegação. Tem coisa mais legal que um submarino? Quando ele foi transportado pelas ruas de Milão até chegar ao Museu da Ciência, todos os milaneses foram as ruas fotografar e conferir sua passagem, afinal não é todo dia que um submarino de verdade passa pela sua rua né?

Locomotivas, um Transatlântico, barcos e aviões

Tudo isso também está presente no Museu Nacional de Ciência e Tecnologia Leonardo Da Vinci, a primeira locomotiva italiana, um pedaço de um transatlântico, um inteiro veleiro, caças da Segunda Guerra e uma série de itens que fazem esse Museu ser super completo e interessante. Não é atoa que ele é um dos mais importantes museus de ciência do mundo. 

Boa visita!

Museu Nacional de Ciência e Tecnologia Leonardo Da Vinci

Via San Vittore 21

Horário de abertura (atualmente reduzido por conta do Covid-19)
Quintas das 15h às 21h

Sábados e domingos das 10h às 19h

Bilhetes
10,00 € (inteiro)

7,50 € (de 3 a 26 anos de idade e acima de 65 anos, mostrando documento que comprove a idade)
Gratuito para crianças até 3 anos de idade

Os bilhetes podem ser comprados na bilheteria ou online aqui

Visita ao submarino (atualmente suspenso por conta do Covid-19)

A visita ao submarino prevê um bilhete extra ao do museu e deve ser comprado junto a ele

10,00 € reservando com antecedência 

8,00 € sem antecedência 

*não é possível comprar somente o bilhete para o submarino 
** os horários e dias de abertura do Museu podem sofrer variação por conta do Covid-19, confira no site antes da sua compra ou ida ao museu

Como chegar

Metrô linha M2 (verde) 

Estação Sant’Ambrogio

270m de distância 

DICA! Aproveite e saiba mais sobre nossos ENSAIOS FOTOGRÁFICOS EM MILÃO! Leve para casa as mais lindas recordações de seu passeio pela nossa linda cidade!