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viuvinhas de Milão

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Ciao! Calma, já explicamos o que são as viuvinhas de Milão, mas primeiro imagine o verão com aquele calor de mais de 30 graus e você lá andando na rua quando aparece uma fonte de água potável e geladinha a sua disposição. Sonho? Na Itália isso existe! Gratuitamente. 

E as “viuvinhas” aqui em Milão são essas fontes de água que carinhosamente foram apelidadas de Vedovelle (viuvinhas, pois seu fluxo incessante de água é semelhante ao choro de uma viúva inconsolável). São chamadas também de Drago-Verde (em Milão as fontes são pintadas de verde e as torneiras tem formato de dragão, símbolo da cidade). Em outras cidades os apelidos mudam conforme o desenho da fonte: Torelli (torèt) em Torino, já que o símbolo da cidade é um touro ou Nasoni em Roma, porque parecem narigões. Elas estão presentes em todas as cidades italianas obviamente, cada uma com seu apelido.

Dica: coloque o dedo na boca do dragão e segure o fluxo da água, essa água sobe para um furinho que tem na cabeça dele e vira um bebedouro

Feitas em ferro fundido e água potável essas fontes tem cerca de 1 metro e meio de altura e 50 cm de largura. Em Milão são compostas por uma torre quadrada marcada com o emblema do Município, com um “chapéu de pinha” e na base, eles são equipados com uma bacia semicircular (usada pelos animais, que também precisam se refrescar) e o pilar de onde sai a cabeça de um dragão. Aqui em Milão são mais 400 delas! A sua origem é difícil saber, mas elas estão em todo lugar e continuam a anos sendo feitas da mesma maneira tradicional.

Entre os milaneses, o costume é ou era dizer: “vamos beber no bar do dragão verde”! (é grátis!)

A primeira viuvinha de Milão

A Vedovella (no singular) da Piazza della Scala, além de ser a mais antiga das Vedovelle (no plural), é a única feita de latão dourado e não de ferro fundido. Foi emoldurada por um elegante mosaico grego, e projetada pelo arquiteto Luca Beltrami. Esta linda fonte tem uma boca de dragão inspirada por uma das gárgulas do Duomo, puro charme! 

Ah, e as viuvinhas não têm torneiras e isso não quer dizer que desperdiçam água. Na verdade, seu fluxo contínuo desempenha a importante função de manter a água em movimento, sempre fresca. E é de quantidade insignificante em comparação com a gama distribuída pelo aqueduto milanês.

O fluxo de água que sai das fontes não é jogado fora: ele atinge os purificadores de Milão através do esgoto, para depois ser usado por consórcios agrícolas para irrigar os campos ao sul da cidade. Além disso, este fluxo contínuo preserva a sua frescura e boa qualidade, como já dissemos.

E uma novidade! 

Um coelho

No parque Citylife elas não são apenas dragões mas coelhos, girafas, elefantes, polvos e muitos outros animais. A artista Serena Vestrucci, que escolheu mostrar sua arte apenas para alguns observadores atentos. Seu trabalho levou à modificação e mudança das viúvas históricas colocadas dentro do parque, eliminando o conhecido Drago no bocal e substituindo-o por uma escultura diferente a cada vez.

E onde encontrar as viuvinhas de Milão? 

Dá para consultar o mapa no site da Milano Blu (www.milanoblu.com/la-tua-acqua/esplora-le-vedovelle/). Ou ainda dar uma olhada no site www.fontanelle.org que mostra toda a posição das Vedovelle em Milão, Roma e várias outras cidades.

Ande com sua garrafinha de água e encha sempre na viuvinha mais próxima. Além de nunca ficar com sede e economizar, o consumo de plástico cai drasticamente. Só coisa boa. Até mais, bacio!


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