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Ciao a tutti! A Pinacoteca di Brera absolutamente está entre os museus mais importantes da Itália, com obras de arte de artistas italianos da Lombardia, Vêneto e outras regiões. Na Pinacoteca temos tantas obras importantes e interessantes que chega a ser um pouco difícil estabelecer o que seria prioridade, mas nós tentaremos sugerir 9 obras de arte imperdíveis da Pinacoteca di Brera para quem a visita pela primeira vez. Vamos lá! 

Napoleão como Marte Pacificador (Antonio Canova)

A primeira obra de arte que você verá, querendo ou não, na Pinacoteca é a de Napoleão em vestes de Marte Pacificador. Isso porque ela já fica na entrada, ainda no pátio, grande, imponente e quase completamente nu! Ela é a uma segunda versão da escultura realizada em mármore de Carrara pelo grande artista italiano Antonio Canova (um dos maiores escultores e arquitetos de sua época) para o então Imperador francês Napoleão Bonaparte (essa estátua hoje é visível em Londres). 

Essa estátua acabou fazendo muito sucesso, tanto que em 1807 Eugene of Beauhrnais (vice-rei do Reino Itálico) encomendou a Canova uma réplica, mas agora em bronze. O artista assim prepara 5 estátuas de gesso (uma cópia iria para a fundidora do cobre, uma para Nápoles, uma para Lucca, uma para a França e por último, uma para biblioteca da Universidade de Pádua que após uma série de reviravoltas, chega a Milão, onde está ainda hoje dentro da Pinacoteca e seria a 10 obra de arte imperdível da Pinacoteca di Brera. 

O bronze necessário para a construção da estátua foi obtido a partir dos canhões do Castel Sant’Angelo de Roma. Quando a nova estátua de bronze de Napoleão ficou pronta e chegou a Milão, os problemas começaram: onde colocá-la? Várias foram as propostas, incluindo a Piazza del Duomo, porém em 1857, um pedestal foi feito a fim de manter a estátua nos jardins públicos. Só em 1859, finalmente ela foi posicionada onde a vemos hoje: no pátio da Pinacoteca di Brera. 

Curiosidade: em 1978 a vitória alada que fica na mão de Napoleão foi roubada e o que vemos hoje é uma cópia moderna.

Cristo Morto (Andrea Mantegna)

O Cristo Morto de Andrea Mantegna, provavelmente do ano de 1483, é com certeza uma das obras imperdíveis da Pinacoteca di Brera. A pintura é famosíssima pela figura do corpo de Cristo deitado, uma das primeiras obras a instituir este tipo de representação de Jesus. É reconhecida como uma das obras mais importante da Renascença italiana e devido ao virtuosismo de perspectiva apresentado no quadro, considera-se o seu enquadramento algo inovador para a época.

O corpo de Cristo na obra está indefeso sobre uma laje de pedra fria coberta com um lençol. Somente um tecido leve protege seu corpo e seus pés permanecem expostos mostrando suas feridas. A cabeça de Jesus repousa sobre uma almofada retangular enquanto os braços estão abandonados nas laterais. À direita, na lateral do travesseiro, um recipiente é visível com o que será usado para preparar o corpo para o enterro. À esquerda, no topo da pintura, estão aqueles enlutados que choram e vigiam o corpo. Provavelmente são Maria, São João e Madalena. A Virgem enxuga as lágrimas com um lenço. O jovem apóstolo cruza as mãos e Madalena está nas sombras. Absolutamente uma das 10 obras de arte imperdíveis da Pinacoteca di Brera.

O Casamento da Virgem (Raffaello Sanzio)

O casamento da Virgem é uma obra prima do mestre Rafael que remonta a 1504 e retrata o momento em que Maria recebe a aliança de São José. As figuras por trás são todos os pretendentes da Virgem Maria e cada um deles tinha um graveto na mão, esperando por uma espécie de sinal divino, mas apenas o graveto de São José floresceu e o resto da história todos já sabemos. 

Perceba porém que a virgem parece muito jovem. O cabelo é recolhido em um penteado muito modesto. Além disso, uma fita transparente é enrolada na nuca. Maria usa um vestido vermelho e uma capa azul escura que envolve quase toda sua figura. O padre, no entanto, veste um grande vestido cerimonial com decorações douradas. Seu rosto antigo é emoldurado por uma longa barba dividida em duas partes. Lindo, impactante como toda obra de Rafael e uma das 10 obras de arte imperdíveis da Pinacoteca di Brera.

O Beijo (Francesco Hayez) 

Essa obra tornou-se um dos ícones mais representativos dos amantes, bem como um manifesto real do movimento artístico do romantismo italiano. Hayez, graças ao sucesso de sua obra, propôs alguns anos depois três versões diferentes, cada uma com algumas pequenas alterações.

A pintura foi encomendada a Francesco Hayez por um nobre, o conde Alfonso Maria Visconti de Saliceto, que o contratou para representar através da pintura as esperanças associadas à aliança entre a França e o reino da Sardenha (daí a coloração vermelha e azul das roupas) e serviria para adornar sua residência, até que em 1886, um ano antes de sua morte, decidiu doar a tela para a Pinacoteca di Brera em Milão, onde ainda é exibida na sala XXXVII. 

O trabalho representa uma situação íntima entre dois filhos apaixonados, apanhados quando trocam um beijo muito íntimo, delicado e intenso. Observando melhor as roupas dos dois sujeitos retratados, percebemos que o vestido de seda azul da mulher é do estilo do século XIX, enquanto a do homem parece ser de estilo mais antigo, talvez até medieval. Até o cenário ao fundo nos ajuda a perceber o período histórico, um passado medieval e cavalheiresco. 

Esta cena que está ocorrendo entre os dois dentro das paredes parece estar suspensa no tempo, bloqueada em uma atmosfera romântica, sensual e apaixonada. Aparentemente, a cena parece ser pacífica e serena, mas, pelo contrário, você sente uma tensão e instabilidade física já que ele, descansando a perna esquerda no primeiro degrau da escada de pedra, deixa descoberto o punho de uma adaga, visível de baixo da capa. Isso revela o verdadeiro significado da cena e da pintura; não é um momento sentimental simples, mas uma partida. 

Existem muitos significados ocultos em O Beijo como por exemplo, a sua mensagem política. O homem que cumprimenta a mulher com um beijo rápido e apaixonado parece retratar um jovem patriota voluntário antes de lutar por sua terra. Não é por acaso que a pintura foi produzida em 1859, o segundo ano da Guerra da Independência. Até a figura perturbadora na penumbra despertou múltiplas interpretações, há quem acredite que a presença desconhecida possa representar um homem com a intenção de espionar furtivamente a cena, um conspirador que está esperando o parceiro iniciar a ação ou simplesmente que é uma empregada. 

A Ceia em Emaús (Caravaggio)

Nossa obra preferida da Pinacoteca. Representa o momento exato em que Cristo, depois de ressuscitado, aparece em visão para alguns apóstolos. Há outra versão da pintura, feita em 1601, preservada na Galeria Nacional de Londres.

A obra coincide com um momento muito delicado para o pintor: estamos no verão de 1606. Aos 35 anos, Caravaggio está em Roma, onde finalmente está alcançando fama e sucesso: mas de repente tudo muda. O pintor se envolve em uma luta durante a qual ele atinge seu rival até a morte e teve que fugir. Além disso, ele ficou gravemente ferido durante esse confronto. A partir de então, ele será procurado como assassino e terá que levar uma vida fugitiva. A pintura provavelmente foi feita enquanto Caravaggio estava escondido nos feudos campestres, esperando para curar e se mudar para Nápoles. 

A pintura conta um episódio do Evangelho que ocorre logo após a ressurreição de Jesus, em uma estalagem em Emaús, um local não muito longe de Jerusalém. Depois de partir o pão, ele o abençoa com o mesmo gesto feito durante a Última Ceia, e assim é reconhecido pelos dois discípulos reunidos. O rosto de Cristo está meio deixado na sombra e expressa um sentimento de melancolia muito forte. A emoção é inteiramente confiada aos rostos e atitudes dos personagens. 

Curiosidade: há quem diga que, na figura de Cristo, Caravaggio se retratou.

A Flagelação de Cristo (Luca Signorelli)

A Flagelação de Cristo é uma linda obra de Luca Signorelli, que fez parte do seleto grupo de artistas chamados a Roma pelo Papa Sisto IV para decorar com afrescos a Capela Sistina no Vaticano. Nessa obra, Cristo é retratado no centro, amarrado a uma coluna encimada por uma estatueta de bronze junto a outras figuras, caracterizadas por um grande dinamismo.

Repare que Cristo está sempre imóvel na coluna, mas ao seu redor uma série de caracteres são organizados de maneira desordenada e, além disso, os dois flagelantes, com as costas arqueadas (do qual podemos ver um ótimo estudo de anatomia, uma das principais características do estilo de Luca Signorelli), quase parecem dois atores de teatro a contribuir para tornar a cena de Luca mais impactante. Este é um sinal de que, a partir dos anos oitenta do século XV, há uma impaciência em relação às regras e esquemas harmoniosos e compostos do início da Renascença. Extremamente inovador para sua época. 

Cristo na Coluna (Bramante)

O trabalho do grande mestre Bramante apresenta uma grande tensão emocional e apresenta Cristo à coluna diretamente em primeiro plano, em contato direto com o visitante. Seu corpo é perfeito, musculoso, esculpido, poderoso, clássico, que amarrado à coluna parece vir em nossa direção. A coluna é decorada com os clássicos motivos florais renascentistas que também encontraremos na sacristia de Santa Maria preso San Satiro, ainda em Milão, e em muitas outras obras.

É um trabalho que mexe com você, impossível ser indiferente a ele, são olhos e lágrimas que não são facilmente esquecidos quando você sai da sala. A corda é apertada ao redor do pescoço (observe o realismo) a tal ponto que o rosto é cinza, contrastando fortemente com a pele rosácea do resto do corpo. A mesma corda apertada no braço, entre a clavícula e o pescoço, um sinal evidente de fricção. A coroa de espinhos afunda na cabeça e uma corrente de sangue cai da linha do cabelo. A testa enrugada e o rosto semi-iluminado revelam uma lágrima quase invisível que cai e se aproxima daquele rosto esculpido pela paixão. Lindo.

Pietà (Giovanni Bellini)

Bellini é um pintor extraordinário. Impossível tirar os olhos do rosto de uma mãe que toca seu filho, tornando-se uma representação universal do tormento de uma mãe que chora por ele. É como se a Virgem estivesse procurando uma última olhada nos olhos fechados de Cristo. Como se tentasse perceber seu último suspiro com os lábios semicerrados. Todo o resto é perfeição. As mãos, muito brancas de Cristo, rosadas, as de Maria. Barbas e cabelos. A fina tira de sangue na mortalha de Jesus. O desenho, como não cansamos de dizer, é do mestre Bellini. A escolha de ter como pano de fundo, dos ombros para cima, e apenas um céu cinzento tira qualquer distração do espectador e te leva ainda mais para as figuras dos personagens.

Reencontro do corpo de São Marcos (Tintoretto)

Esta tela de Tintoretto é muito particular devido à sua forma quadrada, geometricamente perfeita. Como se isso não bastasse, essa perfeição se deve ao fato de que, provavelmente, o artista criou um modelo de madeira para estudar luzes e sombras. A cena representa a aparição de São Marcos aos dois comerciantes, que procuram o cadáver do santo nas catacumbas de Alexandria, no Egito. Mas qual é o túmulo certo? Aqui, então, é que São Marcos indica o sarcófago que contém os restos de sua existência terrena. E seu corpo está deitado no chão, em primeiro plano, à esquerda em um vislumbre ousado. Em primeiro plano, à direita, uma pessoa (o personagem vestido de preto) se contorce e o fio de fumaça que sai de sua boca representa o diabo expulso. 

No centro está um dos comerciantes que olha implorando para a figura do santo a iluminar a cena com uma luz ofuscante. No fundo, uma luz sulfurosa raspa os arcos da catacumba e ilumina os fios prateados das teias de aranha fantasmagóricas. A perspectiva com um ponto de fuga fora da pintura aumenta o drama e a teatralidade, e os ladrilhos quadriculados podem ser vistos sob a cortina dos personagens. Aqui está o método Tintoretto: primeiro construa a arquitetura e depois coloque os caracteres. Precisamente isso. 

Anote então quais as 9 obras de arte imperdíveis da Pinacoteca di Brera para sua próxima visita!

Pinacoteca di Brera 

Via Brera, 28

Atenção: devido a emergência do Covid-19, durante todo verão 2020 as visitas devem ser agendadas com antecedência aqui e são gratuitas também por todo o verão 2020

A Pinacoteca abre todos os dias das 9h30 às 18h30 (exceto segunda-feira), com última entrada as 17h

Ciao a tutti! Milão é uma cidade deliciosa de se conhecer, com infinitas atrações. E para aqueles que tem pouco tempo e não querem perder o melhor da cidade ou ainda querem mostrar a um amigo, eis aqui os 10 lugares imperdíveis para mostrar a quem vem a Milão pela primeira vez! 

1. O terraço do Duomo

Ele é o terraço dos terraços de Milão, afinal estamos falando do Duomo. Enquanto os grandes hotéis e as grandes marcas de glamour da cidade competem para oferecer seus aperitivos com vistas para a Catedral, que tal ver Milão com a vista mais preciosa e inestimável da nossa cidade? Com suas 3.400 esculturas e várias lendas (como por exemplo a Carlina, o fantasma da sorte no Duomo de Milão) o terraço vai tirar o seu fôlego (literalmente para aqueles que decidem subir de escada). Aproveite que vai subir ao terraço e visite também a Catedral. Veja o nosso video sobre o Terraço do Duomo.

2. A Última Ceia de Leonardo da Vinci

Um grande milagre de técnica, habilidade, história, mistério e poder. O fato da Última Ceia de Leonardo ter chegado até os dias de hoje é algo extraordinário, começando por Leonardo que não usou a tradicional técnica usada na época que secava muito rápido e exigia que pintor terminasse rapidamente sua obra. No lugar disso, Leonardo usou uma técnica nova, muito mais perecível com o uso de ovos e materiais orgânicos e secagem lenta que o permitiria ter mais tempo para finalizar a obra, porém essa nova técnica fazia com que a obra também durasse menos e por isso é um milagre que ela ainda exista. Além do desgaste forte do tempo, ela também sobreviveu aos bombardeios aéreos da noite de 10 de agosto de 1943, quando todo o resto da sala que ficava a Última Ceia desabou e somente seu muro, tão único no mundo, permaneceu de pé. 

Não se esqueça de se programar com bastante antecedência para visitar a Última Ceia, pois ela é bem concorrida. Veja nossas dicas de como visitar a Última Ceia de Leonardo da Vinci em Milão.

3. Quadrilátero da Moda

O famoso quarteirão dedicado a compras de luxo em Milão. Estamos falando do Quadrilátero da Moda, pois se o diabo veste Prada, ele certamente vai às compras por ali! É aqui que os designers e estilistas mais famosos do mundo expõem suas maiores criações ao público, que não comporta apenas roupas de alta moda mas também joalherias, perfumarias, ateliês com janelas brilhantes e montadas da maneira mais extravagante e original possível. E mesmo que comprar no Quadrilátero não seja para o bolso de todos, ainda é uma área muito movimentada e é muito gostoso dar um passeio para admirar a beleza das vitrines ou até se divertir com o exagero de algumas.

4. Castelo Sforzesco

Sabendo que no centro de Milão tem um castelo, impossível não visitá-lo. O Castelo Sforzesco é a grande mansão da cidade, já que o Duque de Milão (Ludovico Sforza, e daí vem o nome do castelo) morava nele e o incrível é que nem todo mundo sabe disso. Ele preserva coleções muito valiosas, desde o Museu Egípcio ao Museu de Armas, passando pelos pátios e poços de tempos remotos até uma obra nunca antes vista de Leonardo da Vinci e a última obra de Michelangelo. Sua visita é imperdível e com certeza é um dos 10 lugares imperdíveis para mostrar a quem vem a Milão pela primeira vez.

5. Parque Sempione

Ele é o parque que fica atrás do Castelo Sforzesco em estilo romântico “inglês”, completamente cercado, que contém uma rica coleção arbórea e arbustiva, inúmeros espaços recreativos e de lazer para crianças e adultos. Ao longo de suas margens existem importantes edifícios históricos e instituições de Milão, como a Arena Gianni Brera, o Arco della Pace e a Triennale di Milano, além do Aquário (ótima opção de passeio com crianças). Impossível não se apaixonar por essa parte de Milão.

6. O bairro de Brera

Pitoresco e fascinante, o bairro de Brera, no coração da cidade, é um dos orgulhos de Milão. Destino de artistas há séculos, hoje nos fascina pela presença de importantes instalações de moda e pelo inconfundível caráter boêmio e romântico. Aproveite que está conhecendo essa parte lindíssima de Milão e já conheça também seus restaurantes e a Pinacoteca, além do Horto Botânico que se apresenta ao visitante como um refúgio verde bem no centro da cidade, com suas variedades de plantas e milhares de segredos para descobrir. Brera com certeza é um dos 10 lugares imperdíveis para mostrar a quem vem a Milão pela primeira vez.

7. Navigli

O Navigli em Milão nada mais é que os três canais da cidade, cada um com um nome e histórias diferentes: o Naviglio Grande, o Naviglio Pavese e o Naviglio Martesana (Navigli é o plural de Naviglio). É no Navigli que fazemos o famoso aperitivo milanês. E o que é o aperitivo? Bom, com um custo que varia entre 8 e 15 euros você tem direito a um drink e buffet ilimitado… isso mesmo que você leu, ilimitado! Escolha entre as opções de buffet e coma a vontade. Aproveite que já está no Navigli e conheça também o “Cortile degli artisti”, o “Mercato Comunale”, o “Vicolo dei Lavandai” e a igreja de Santa Maria delle Grazie al Naviglio. Opções de diversão não faltam por ali.

8. A Igreja de San Maurizio al Monastero Maggiore, a Capela Sistina de Milão

Ela fica entre o Duomo e a Igreja de Santa Maria delle Grazie onde está a Última Ceia de Leonardo da Vinci, aproveite e já vai conhecendo nessa ordem, a pé mesmo, elas são muito próximas. A Igreja de San Maurizio al Monastero Maggiore é conhecida como a Capela Sistina de Milão por seus 4 mil metros de afrescos e uma beleza única. Entre os seus afrescos, existe a maior curiosidade da Chiesa di San Maurizio: a Arca de Noé com um casal de unicórnios! Sim, como você pode ver na foto abaixo, um casal de unicórnios está entrando na Arca, demais não? 

9. Pinacoteca Ambrosiana

Aqui, nosso museu preferido em Milão e com certeza um dos 10 lugares imperdíveis para mostrar a quem vem a Milão pela primeira vez. Fundada por Federico Borromeo em 1618, a fim de garantir educação cultural gratuita a quem demonstrasse aptidões e qualidades artísticas ou intelectuais, a Galleria d’Arte Ambrosiana é o museu mais antigo de Milão. No seu interior, existem obras de Antonio Canova e Pompeo Marchesi; o esboço para a Escola de Atenas de Rafael; o Cesta de Frutas de Caravaggio; a Madonna com Criança e Três Anjos de Botticelli, além do Código Atlântico de Leonardo da Vinci que se encontra em sua biblioteca.

10. Bosco Verticale

Agora falamos da Milão moderna, que sim existe. O Bosco Verticale, o arranha-céu mais bonito, inovador e sustentável do mundo. Os dois prédios que o compõem têm, respectivamente, 110 e 76 metros de altura. Estes arranha-céus têm aquele toque extra caracterizado pela presença de (muitas) árvores, são cerca de 800 que pertencem a diferentes espécies entre plantas florais, árvores altas e arbustos distribuídos nas fachadas. É realmente um bosque vertical. E além do Bosco, aproveite para relaxar na Biblioteca degli Alberi, que é nova em Milão e é muito mais que um simples parque, é um respiro na cidade, é um novo conceito de jardim botânico onde o cuidado e proteção do verde são prioridades ao mesmo tempo que mantém toda a experiência cultural de Milão. Ela fica a poucos passos do Bosco Verticale e é um incentivo a inovação aliada ao bem-estar. Curta também um pouco da dolce vita na Corso Como, que fica na elegante Corso Garibaldi (pertinho do Bosco) com seus diversos bistrôs. Absolutamente um dos 10 lugares imperdíveis para mostrar a quem vem a Milão pela primeira vez. 

Com esses 10 lugares, temos certeza que você vai se encantar por Milão. 

DICA: Aproveite e saiba mais sobre nossos ENSAIOS FOTOGRÁFICOS EM MILÃO! Leve para casa as mais lindas recordações de seu passeio pela nossa linda cidade!

Ciao! Vamos te contar um segredinho: em Brera, além das belas ruas de pedestres, restaurantes e da Pinacoteca, existe um jardim quase secreto, o Horto Botânico. Ele se apresenta ao visitante como um refúgio verde bem no centro de Milão, com suas variedades de plantas e milhares de segredos para descobrir. Vem com a gente!

A história do Horto Botânico de Brera começa séculos atrás, era um lugar de meditação e cultivo de plantas medicinais para os padres jesuítas. Somente entre 1774 e 1775, foi nomeado Horto Botânico de Brera, a mando da imperatriz Maria Teresa da Áustria, que solicitou a reconstrução da área, levando o Palazzo Brera (um colégio jesuíta na época) a se tornar um centro cultural, literário e científico do século XVIII. Durante muito tempo, foi um local de educação para farmacêuticos e médicos, dadas as inúmeras plantas medicinais cultivadas ali.

Ao caminhar pelo Horto, além da tranquilidade do ambiente, é possível admirar inúmeras plantas que são fascinantes em qualquer época do ano. Desde as plantas medicinais já mencionadas que continuam sendo cultivadas hoje e algumas de ambientes específicos. Existem também vários tipos raros que são representativos da disseminação da cultura da biodiversidade. As árvores também estão muito bem representadas: em particular, dois Ginkgo biloba que, com seus dois séculos e meio de vida, são o símbolo do Horto. 

O Horto é até pequeno, mas compensa pela sua diversidade, beleza e tranquilidade. A primeira vez que entramos por acaso no Horto, depois de visitar a Pinacoteca que fica junto a ele, nos surpreendemos por haver um jardim bem no meio de Brera, quase vazio. Talvez uns dois outros casais também visitavam o Horto (ele é um lugar bem romântico), e considerando o quão visitado é Brera (leia aqui nossa matéria exclusiva) e a Pinacoteca, é de se surpreender que o Horto seja ainda tão vazio. Ele é realmente um refúgio no meio de Milão.

Visitar o Horto Botânico de Brera também significa admirar diferentes plantas que há anos inspiram vários artistas, muitos dos quais são visíveis na Pinacoteca di Brera que, como já dissemos, fica no mesmo complexo. É assim que você pode admirar a rosa que Bernardino Luini retratou em “Madonna del Roseto” quadro este que está em exposição na Pinacoteca e foi inspirado pelo Horto. 

“Madonna del Roseto” de Bernardino Luini

Para chegar ao Horto Botânico de Brera

São duas formas de chegar.

Atravesse a Pinacoteca: entrando não suba as escadarias, vá ao fundo do prédio a direita, uma porta indicará a entrada do Horto.

Outro modo de chegar é pela Via Privata Fratelli Gabba, 10. 

Horários

1 de abril a 31 de outubro (de segunda a sábado) das 10h00 às 18h00
1 de novembro a 31 de março (segunda a sábado) das 9h30 às 16h30

O Horto Botânico de Brera não abre aos finais de semana e feriados. Entrada gratuita. 

SUPER DICA! Está vindo para Milão? Faça nossa sessão fotográfica, inclusive usando o Horto Botânico de Brera como locação! Todos nós amamos ver fotos de uma boa viagem e lembrar dos bons momentos, não é mesmo? Fale conosco e agende já sua data.

Ciao! Que tal uma viagem a uma das áreas mais características e românticas de Milão? Bem, esta é uma boa oportunidade, especialmente porque as ruas de Brera são quase todas para pedestres e você pode passear despreocupadamente entre uma rua e outra. Impossível não se apaixonar!

Pitoresca e fascinante, o bairro de Brera, no coração da cidade, é um dos orgulhos de Milão. Destino de artistas há séculos, hoje nos fascina pela presença de importantes instalações de moda e pelo inconfundível caráter boêmio e romântico.

A magia do bairro de Brera, inquestionavelmente, vem a ser reforçada por paisagens e vistas únicas, por edifícios elegantemente ricos e pela beleza infinita que pode ser admirada assim que você vira qualquer esquina. Um ambiente único e sempre rico de grande encanto para todos os turistas e moradores de Milão.

Para chegar em Brera, nosso conselho é pegar a linha verde MM2 do metrô e descer na estação Moscova. Comece a sua caminhada ao redor da Corso Garibaldi, uma rua alegre cheia de lojas que você certamente vai adorar! Todas essas lojas de moda e edifícios históricos fazem parte de um cenário incrível, onde a beleza do bairro de Brera domina. 

No final da Corso Garibaldi você se encontrará na via Mercato e se você estiver na hora do almoço, não deixe de conhecer um lugar muito famoso na região: a Pizzaria Sibilla, com suas deliciosas pizzas no melhor estilo napolitano. Vale a pena provar.

Estátua de bronze de Napoleão vestido como Marte pacificador no pátio da Pinacoteca de Brera

Continue seu passeio a pé e vá até a Pinacoteca de Brera e entre no seu pátio dando de cara já com a imponente estátua de bronze de Napoleão vestido como Marte pacificador: uma antecipação da magnificência artística das obras-primas de Rafael, Caravaggio, Andrea Mantegna, Giovanni Bellini, Fattori e Canaletto que esperam por você nas salas de exposições da Pinacoteca (se sua visita a Pinacoteca for no primeiro domingo do mês, a entrada será gratuita).

Horto Botânico de Brera

Ainda dentro do complexo da Pinacoteca ( ainda no piso térreo sem subir as escadas, nos fundos da Pinacoteca a direita) faça uma visita a um lugar maravilhoso, talvez um pouco negligenciado, mas que, no entanto, mantém um charme surpreendente devido à particularidade do contexto em que está localizado, o Horto Botânico de Brera. Ele é pequeno, mas nem por isso menos interessante, de um silencio delicioso, cheiro de flores, nos faz ter a sensação de estarmos em um bosque encantado. Passe uma horinha ali descansando e admirando o verde. A entrada no Jardim Botânico de Brera é sempre gratuita, assim como o Museu Astronômico de Brera, que também fica no mesmo completo da Pinacoteca e recomendamos a visita. 

Obviamente, além das muitas coisas que podem ser vistas em Brera, não se pode esquecer as infinitas oportunidades oferecidas para fazer compras. Na verdade, entre suas ruas de paralelepípedos e edifícios de época, existem inúmeras lojas e boutiques onde você pode comprar itens originais e exclusivos, além de objetos vintage.

E se você estiver em Milão no terceiro domingo do mês, não perca o Mercado de Antiguidades de Brera com mais de 100 expositores de objetos antigos e modernos que oferecem seus produtos entre a vias Fiori Chiari, Madonnina e Formentini. A entrada é gratuita e se pode encontrar antiguidades preciosas e objetos modernos, relógios, porcelanas, pinturas e artesanato. 

E claro, não podem faltar bares e restaurantes super diferentes, graças aos quais você pode desfrutar do belo cenário de outras épocas oferecidas por este pequeno mas lindo e charmoso bairro de Milão que é Brera. Bacione!