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Ciao! Na Itália temos a água-dura, que é chamada assim por ser rica em calcário. É potável, mas gera alguns probleminhas, além de ter um gosto um pouco diferente da que nós brasileiros estamos acostumados.

A Itália é um dos maiores consumidores de água no mundo, então tem vários tipos dela à disposição no mercado. Atendendo a todos os gostos possíveis, tem água com potássio, água com magnésio, água que ajuda eliminar líquido, que ajuda no bom funcionamento do intestino, tem pra tudo! E não pense que a água é cara por aqui, é possível achar garrafas de água de 2 litros por apenas 17 centavos.

Você é daqueles que evita comprar muitas garrafas de plástico? Existe a versão econômica disso que são as jarrinhas que você troca o filtro e vai usando a água da torneira mesmo. Nós usamos tanto essa jarrinha, quanto água mineral de supermercado, não sentimos muita diferença no sabor e o meio ambiente agradece. Usamos a jarrinha da marca BRITA, fácil de achar em supermercados, Amazon, Media World e Leroy Merlin. 


Esse calcário da água gera alguns problemas, como manchas no fundo das panelas, cafeteiras, nos copos, talheres, manchas na máquina de lavar, na pia, no box e em todos os lugares que a água passa. O ideal é usar um filtro em todas as saídas de água, evitando esse acúmulo de calcário (nós compramos esse filtro na Leroy Merlin). E se juntar alguma mancha mesmo assim, usamos um limpador anti-calcário, que encontramos nos supermercados (tem para cada tipo de material) e é uma espécie de Veja, que limpa tudo. Ah, e esse calcário é só chato, não é tóxico nem nada, fique tranquilo.

Quando chegamos na Itália não sabíamos direito desse calcário (no Brasil não tem nada disso), você simplesmente liga a torneira e usa a água sem preocupação. Porém um certo dia estávamos em Bassano del Grappa, cidadezinha linda do Vêneto, lavando o cabelo, quando um olhou pro ralinho e estava entupido de cabelos. Socorro, vou ficar careca! Nem sabíamos que o efeito desse calcário era real e tão forte.

Foi aí que pesquisando descobrimos que isso é normal aqui e totalmente remediável. A primeira coisa foi comprar um filtro para o chuveiro. Sim, todas as saídas de água devem ter um filtro quando o que sai da torneira é a água-dura, principalmente o chuveiro. Você encontra esse filtro em qualquer Leroy Merlin (como já dissemos) ou loja de materiais de construção, trocamos a cada 3 meses e custa perto de 10 euros.

A segunda coisa foi comprar um shampoo anti-calcário que usamos a cada 15 dias, ele tira qualquer resíduo que ficar no couro cabeludo. Usamos o L’oreal Pure Resourse de 500 ml (não vivemos sem!), que dura 1 ano, e olha que usamos em duas pessoas. Homens usem também esse shampoo.

E para garantir, tomamos uma cápsula de integrador alimentar 2 vezes por semana, que ajuda no fortalecimento do cabelo e unhas. Usamos o Swisse Capelli Pelle Unghie (nosso preferido, encontrado em farmácias ou na Amazon) ou o Optima (encontrado em supermercados e Amazon). Com isso não ficamos carecas, os cabelos não caem mais e ficaram muito mais bonitos que no Brasil. Ufa! 


OUTRA SUPER DICA! Faça nossa sessão fotográfica em Milão ou arredores! Todos nós amamos ver fotos de uma boa viagem e lembrar dos bons momentos como casamento, noivado, aniversário, não é mesmo? Fale conosco e agende já sua data.

Duas esculturas não muito convencionais estão na praça Cadorna em Milão. Uma agulha com o fio e um nó. Escolhida para reorganizar a praça no final dos anos 90 (e tem cara de anos 90), a arquiteta Gae Aulenti além de modificar a fachada da estação Cadorna, o tráfego rodoviário e pedestre, pensou em algo especial.

Ago, filo e nodo (agulha, fio e nó) é o nome óbvio da obra criada por Claes Oldenburg, artista sueco e sua esposa holandesa Cossje van Bruggen.

As duas obras se conectam, e de forma imaginária passam por baixo da rua, lembrando o metrô de Milão, por isso as cores vermelho, verde e amarelo, cores das linhas de metrô existentes até então quando a obra foi realizada. Uma homenagem também a indústria da moda que faz Milão ser conhecido no mundo todo.

Vindo a Milão não deixe de conhecer essa praça e suas esculturas agora que sabe sua história.

Estudo para o primeiro projeto

Gigante, lindo e imponente, indo ao Hipódromo de San Siro encontramos o Cavalo de Leonardo da Vinci. O primeiro projeto é de 1482, quando Ludovico Sforza, duque de Milão propõe a Leonardo a construção da maior estátua equestre do mundo em memória a seu pai Francesco, fundador da casa Sforza.

Esse projeto seria uma obra colossal para a época, com a idéia de um cavalo em posição desenfreada, atacando o inimigo.

Esse projeto inicial era muito dificil de ser realizado, Leonardo assim apresenta um outro projeto com o cavalo agora descansando em três patas. Mesmo assim o projeto era gigante.

Leonardo estudou muito a anatomia dos cavalos a fim de realizar uma obra perfeita.

Infelizmente com um ataque da França o bronze destinado ao cavalo foi usado para a defesa da cidade. Em 1499 os franceses invadem a cidade e Leonardo é obrigado a fugir e abandona um modelo do cavalo feito em argila, que foi destruído.

Estudo para o segundo projeto

Cinco séculos se passaram até que Charles Dent, piloto americano colecionador de arte soubesse do projeto do cavalo inacabado. O piloto criou a Fundação Cavalo de Leonardo da Vinci (Ldvhf) e numa campanha de quase 15 anos, arrecadou o valor necessário, cerca de 2,5 milhões de dólares, para a realização da estátua. E por mais uma vez o projeto teve um contratempo. Charles Dent morre em 1994, parando novamente o projeto.

Por sorte, Frederik Meijer, dono de uma rede americana de supermercados, toma a frente do projeto da Ldvhf solicitando a escultora também americana Nina Akamu a realização do cavalo.

A Fundação doa o cavalo a cidade de Milão, com a condição que eles escolhessem a localização, ficando em um lugar seguro para a escultura. O lugar escolhido foi o Hipódromo de San Siro em Milão.

Estudo para a criação do elenco da cabeça do cavalo, Biblioteca Nacional, Madrid

O Cavalo de Leonardo da Vinci é um espetáculo. É o reflexo de todo seu estudo anatômico e sua genialidade.


Leia também: O Currículo de Leonardo da Vinci!

A Basílica Catedral Metropolitana da Natividade da Bem-Aventurada Virgem Maria, mais conhecida como o Duomo de Milão, é a Catedral da Arquidiocese da cidade. Símbolo da capital lombarda, e localizado na praça homônima no centro da metrópole, é dedicada à Santa Maria Nascente, que é a Madonnina.

Madonnina com bandeira italiana. Imagem retirada do site oficial do Duomo de Milão

A Madonnina com mais de 108,5 metros de altura, está sobre a mais alta torre da Catedral e começou a ser feita em 1774. Feita em placas de cobre, coberta em ouro, é o maior símbolo da cidade e protege a todos nós de Milão.
Ela representa não apenas a religiosidade, mas também o sentido cívico da cidade. Em ocasiões de eventos religiosos e civis solenes, à direita da escultura fica a bandeira italiana acenando (como na imagem acima).

Segunda uma inicial tradição, depois uma lei, nenhum prédio poderia ser mais alto que ela na cidade. Até 1954, quando o “Pirellone”, prédio da Pirelle com 127 metros quebra essa lei. Hoje já existem alguns mais altos, mas nenhum deles fica tão perto do Duomo a ponto de “atrapalhar” sua imponência.

A Madonnina está disponível em reprodução oficial de edição limitada. Com a compra você entra no projeto “Adotta una Guglia” (Adote uma torre), e o valor vai para a restauração do Duomo. O valor da reprodução é de 100 euros e ela pode ser adquirida no Museu do Duomo, que fica ao lado do mesmo.

O Duomo de Milão, catedral em homenagem a Madonnina, vem do latim domus (casa) é a casa de Deus e a igreja mais importante de uma cidade. Começou ser construído entre 1386 e 1387, onde o Arcebispo Antonio da Saluzzo projetou uma nova catedral, que ficaria no lugar da Igreja de Santa Maria Maggiore, que foi demolida em partes durante a construção do Duomo. Ele é feito inteiro em mármore branco-rosa de Candoglia. Atualmente o Duomo é dono de sua própria marmoraria, a fim de ter todo o material necessário a eventuais restauros. O projeto da Catedral demorou mais de 500 anos para ficar pronto, sendo sua fachada a última a ser finalizada. O Duomo foi usado para a coroação de Napoleão Bonaparte como Rei do Reino de Itália em 26 de maio de 1805.

David e Golias na fachada do Duomo

O Duomo é a igreja com o maior número de estátuas, são 3.400 delas, 135 gárgulas e outras 700 figuras, algumas bem estranhas como uma raquete de tênis e pugilistas, além de uma estátua do Mussolini. Falando em estátuas, uma de suas mais famosas é a de São Bartolomeu Apóstolo, que é normalmente confundido com um homem musculoso, mas na verdade é a imagem do Santo envolto por sua própria pele em sinal de seu martírio. Na sua fachada existe uma escultura de David e Golias, bem interessante de se ver também. Agora, uma escultura bem particular é “La Legge Nuova” (A nova lei) e é a inspiração para a famosa Estátua da Liberdade americana, sendo feita 70 anos antes!

“La Legge Nuova” escultura da esquerda

O Duomo é cheio de curiosidades e lendas, e é impossível vir a Milão e não visita-lo, aproveite para subir no telhado e ter uma vista maravilhosa da cidade, ou visitar seu subterrâneo, que conserva os restos arqueológicos da antiga basílica romana de Santa Tecla e do batistério também romano, de San Giovanni alle Fonti. Descobriram esses restos durante as escavações para o metrô nos anos 60.

Incrível não?