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Ciao a tutti! Quem sempre tem um panetone enfeitando a mesa de Natal levanta a mão! Impossível pensar nas festas de fim de ano sem um exemplar desse tradicional pão doce fofinho super famoso que foi criado aqui em Milão. Sabia dessa, que ele foi criado aqui? O mais famoso doce da nossa cidade tem sucesso mundial e vamos te contar todas as histórias sobre ele aqui, vamos lá!

Algumas lendas giram em torno do panetone (que em italiano é panettone) e segundo uma das lendas, seria Toni, um humilde ajudante de cozinheiro de Ludovico il Moro, duque de Milão, a inventar um dos doces mais tradicionais milaneses. Eis a história: na vigília de Natal, Toni que era o ajudante do Chef, cansado do trabalho de dias na corte, esquece no forno e queima o doce preparado para o banquete ducal. Decide assim, no desespero, sacrificar uma fermentação que havia preparado para um pão de sua ceia pessoal e acrescenta farinha, ovos, açúcar, passas e frutas cristalizadas, obtendo uma massa fofinha. O duque e os convidados gostaram muito da sobremesa e, quando perguntam ao Chef o que era aquele pão, este responde: é o pão do Toni! Fazendo um grande sucesso, Ludovico o chama de “Pan de Toni” em homenagem a seu criador.

Outra lenda da origem do Panetone é que o jovem Ughetto di Atellani, que vivia em Milão se apaixonou pela bela Adalgisa, filha de um padeiro. Foi contratado pelo pai da amada para ser seu ajudante e a fim de aumentar as vendas da padaria inventou uma sobremesa: pegou sua melhor farinha, amassou com ovos, manteiga, mel e passas. Foi um sucesso tão grande que todos queriam esse pão. Algum tempo depois os jovens se casaram e viveram felizes para sempre.

A verdadeira origem do Panetone

Era comum celebrar o Natal com um pão mais rico de ingredientes que nos dias “comuns”. O chefe da família cortava uma fatia do pão para cada convidado e deixava uma fatia separada para o próximo ano, em sinal de continuidade.

Até 1395 todos os fornos de Milão tinham permissão de assar pães de trigo apenas no Natal para presentear seus clientes. Assim, a tradição de assar e comer pães enriquecidos no período natalício é muito antiga em toda a Europa.

Em 1606, segundo o primeiro dicionário milanês-italiano, aparece o Panattón ou Panatton de Natal, que é o pão feito de trigo enriquecido com manteiga, ovos, manteiga, uvas passas, amêndoas, mas ainda sem fermento. E deveria ser feito apenas no Natal.

A primeira vez que se fala no uso do fermento é em 1853 no livro “O novo cozinheiro milanês econômico” de Giovanni Felice.

Hoje, em Milão, é consumido o ano todo como sobremesa, mas especialmente no Natal, tamanha tradição. O Panetone é famoso também no Brasil e Argentina. Aqui na Itália, ele é um pouco mais fofinho e o sabor é um pouco diferente do brasileiro, existem versões salgadas que são recheadas com queijos, salames, presuntos, e ficam uma delicia. A versão doce tem uma infinidade de sabores, como a versão com creme de limoncello (um licor de limão maravilhoso, um de nossos preferidos), mas nada ganha da versão tradicional.

Adoramos Panetone e você?

Ciao! Milão oferece um panorama cultural único que mistura arte e ciência, passado e presente. Aqui um elenco do que encontramos de bacana na cidade:

Museo del Duomo 
Reaberto em 2013, valoriza e ilustra a história da maravilhosa Catedral de Milão.
www.duomomilano.it/it/infopage/museo-del-duomo-di-milano/5
Piazza Duomo 12

Museo del Novecento 
São 400 obras selecionadas, dedicadas a arte italiana do século XX.
www.museodelnovecento.org/it/
Via Marconi 1

Musei del Castello Sforzesco 
Dentro do Castello Sforzesco existem alguns museus, que são:Museo d’Arte Antica Reune arte lombarda e não apenas, do século IV ao século XVI como por exemplo a Pietà Rondanini de Michelangelo.Pinacoteca230 obras da pintura italiana do século XIII ao século XVIII com particularidade a pintura lombarda-veneta.Museo della Preistoria e Protostoria; Museo Egizio; Civiche Raccolte d’Arte Applicata; Museo degli Strumenti Musicali, essa com itens musicais do século XV ao século XX.
www.milanocastello.it
Castello Sforzesco

Casa Museo Boschi Di Stefano 
Uma seleção de 200 obras doadas a Comune de Milão, com obras-primas de Carrà, Fontana, De Chirico, Sironi…
www.fondazioneboschidistefano.it
Via Giorgio Jan 15 

Cenacolo Vinciano
No refeitório da Igreja de Santa Maria delle Grazie está a obra-prima do gênio Leonardo da Vinci: “A Última Ceia”, desde 1980 Patrimônio da Humanidade UNESCO. Não se esqueça que deve reservar a visita com bastante antecedência, é super concorrido! 
www.cenacolo.it
Piazza Santa Maria delle Grazie

Civico Museo Archeologico 
Milão romana e medieval, arte etrusca e grega e um percurso de arte musical preenchem esse interessante museu. 
www.museoarcheologicomilano.it/wps/portal/luogo/museoarcheologico
Corso Magenta 15 

Museo Diocesano 
A Basílica de Santo Eustórgio revela um tesouro de arte e fé da diocese.
www.chiostrisanteustorgio.it
Corso di Porta Ticinese 95

Museo interattivo del Cinema (MIC) 
A origem do cinema, com imagens de alguns dos filmes que brilharam pela cidade, além de jogos. 
www.cinetecamilano.it/museo
Viale Fulvio Testi 121

Galleria d’Italia 
Seleção de obras italianas dos anos 800 e 900.
www.gallerieditalia.com
Via Manzoni 10

Museo Bagatti Valsecchi 
Uma “casa-museu” com móveis e lareiras dos séculos XV e XVI.
www.museobagattivalsecchi.org
Via S. Spirito 10 / Via Gesú 5

Museo della Permanente
Seleção de obras do final de 1800 e 1900 e uma biblioteca especializada que documenta a história da sociedade de Belas Artes, é uma importante instituição artistica milanesa. 
www.lapermanente.it
Via Turati 34

Museo Inter e Milan 
Primeiro museu de um estádio italiano, conta a história dos dois times milaneses: Inter e Milan. 
www.sansiro.net
Piazzale Angelo Moratti – Stadio San Siro

Museo del Risorgimento 
Conta a história italiana de 1796 a 1870. 
www.museodelrisorgimento.mi.it
Via Borgonuovo 23

Pinacoteca di Brera 
Uma das maiores seleções de pinturas italianas, principalmente de obras lombardas e venetas do século XV ao século XVI. Nasceu no final de 1700 como modelo para os estudantes da Academia de Arte e contém importantes obras de Caravaggio, Rafael, Bellini…
www.pinacotecabrera.org
Via Brera 28

Museo e Casa di Alessandro Manzoni
Casa onde morava o importante autor.
www.casadelmanzoni.it
Via Gerolamo Morone 1

Museo Poldi Pezzoli 
Casa-museu típica milanesa. Contém pinturas dos séculos XIV ao XIX.
www.museopoldipezzoli.it
Via Manzoni 12

Museo Studio Francesco Messina
Com 80 esculturas e 26 obras em papel de Francisco Messina, é a antiga Igreja de San Sisto. 
www.fondazionemessina.it
Via San Sisto 4/A

Museo Teatrale alla Scala 
Móveis, objetos, roupas cenográficas do importante teatro milanês.
www.museoscala.org
Largo Ghiringhelli 1

Palazzo Morando Costume Moda Immagine
São expostas importantes coleções de tecido, roupas e acessórios, além de pinturas, esculturas e estampas da evolução urbanistica e social da sociedade milanesa na segunda metade do século XVII e século XIX.
www.costumemodaimmagine.mi.it
Via Sant’Andrea 6

Pinacoteca Ambrosiana
Hoje com mais de 2.000 obras entre esculturas, pinturas e objetos diversos, além de 22.000 desenhos, a Pinacoteca Ambrosiana é uma das mais antigas e completas do mundo. Entre as obras mais importantes estão “Scuola d’Atene” de Rafael e o “Musico” de Leonardo da Vinci. 
www.ambrosiana.it
Piazza Pio XI 2

WOW Spazio Fumetto
Em 2011 a Fundação Franco Fossati inaugurou esse espaço dedicado a exposições, eventos, cursos e laboratorios.
www.museowow.it
Viale Campana 12

Museo Armani/Silos
Espaço antes usado para conservar grãos, hoje abriga o museu de 4.500 metros quadrados em quatro andares com trajes e acessórios, que contam a história e estética de Giorgio Armani, o gênio estilista.
www.armani.com/silos
Via Bergognone 40

Fondazione Prada
Sempre com muitas mostras, é uma instituição dedicada a arte contemporânea e cultura. 
www.fondazioneprada.org
Largo Isarco 2

Quantos museus! Milão é um prato cheio para quem é amante de arte e história. E a DICA é que no primeiro domingo de cada mês a maioria dos museus tem ENTRADA GRATUÍTA! Descubra Milão

Ciao! Em casa ou no bar, sozinho ou com amigos, o café é sempre uma boa escolha. Aqui na Itália, pode ser chamada de bebida nacional: 96,5% das pessoas entre 18 e 65 anos consomem pelo menos uma vez ao dia.

É o impulso para começar bem o dia, e beber uma xícara de café aqui é um verdadeiro ritual.

Moka ou máquina de café?

Nem todos os cafés são iguais: infinitas misturas e tipos foram criados em cada canto do mundo para atender cada paladar. Na Itália, o expresso é o rei absoluto, mas tem quem faça o café feito com a moka e ainda quem faça café com as cápsulas para as máquinas caseiras. O importante é tomar café!

E nem estamos falando de café coado (como fazemos no Brasil) que aqui eles chamam de  “café americano” e não gostam muito, acham aguado, preferem sempre o mais forte possível.

Italianos na maior parte das vezes tomam o café como um “shot”: as doses são pequenas, bem fortes e bebidas rapidamente, sem açúcar. Se você sair colocando açúcar no café de um italiano pode levar uma baita bronca. Apenas em Nápoles existe o costume de adoçar o café.

No Brasil tínhamos o costume de adoçar nosso café, aqui paramos com esse hábito e nem sentimos falta. Agora nossa opinião é que o açúcar tira o sabor do café. Paladares mudam…

Na Itália existem muitos tipos de café

Muitas vezes, como turista, é difícil saber o que significam as infinidades de tipos de café que tem por aqui. Eis uma lista de alguns dos cafés mais consumidos na Itália para ajudar na sua escolha:

Caffè espresso: o clássico e mais simples café italiano, cremoso e forte, com uma leve espuminha em cima.

Caffè machiatto: é o clássico expresso com uma manchinha de leite (machiatto significa manchado).

Caffè decaffeinato: é o café com quase nada de cafeína.

Caffè doppio: são duas xícaras de café em uma (doppio significa duplo), mantendo o sabor mais forte.

Caffè lungo: diferente do doppio, não são duas xícaras de café em uma, mas o café sai da máquina até preencher a xícara maior, deixando-o mais leve (mais aguado digamos), porque mais água passou pelo pó de café.

Caffè ristretto: oposto dos dois últimos, é uma xícara menor do que o normal, a fim do café ficar mais forte ainda, com menos água (ristretto significa restrito).

Cappuccino: ao contrário do cappuccino que bebemos no Brasil, o italiano não tem chocolate e nem canela, apenas um creme feito com leite e café. Ah, e os italianos sabem que você é turista quando toma um cappuccino a tarde (aqui eles tomam cappuccino apenas no café da manhã) ou coloca canela, açúcar ou chocolate.

Caffè corretto: com uma dose de grappa (uma espécie de pinga italiana) ou algum outro licor dependendo dos gostos pessoais e dos hábitos regionais. Adoramos esse café no inverno, esquenta bastante (corretto significa correto, no sentido que o café é “corrigido” com uma bebida).

Caffè salentino: com um cubo de gelo, é típico de regiões mais quentes da Itália. Existem dois modos de bebê-lo: um já vem com o cubinho e adoçado, o outro mais chique digamos, vem o café e um copo com gelo separados onde você mesmo adoça o café e joga o cubinho de gelo depois dentro. Super estiloso.

E nem citamos metade dos tipos de café que encontramos aqui, o difícil é escolher um. E você? Qual seu café preferido da lista? Bacione!

Bérgamo, linda cidade histórica, fica pertinho de Milão, apenas 60 quilômetros. É uma das cidades italianas com o centro histórico ainda circundado por muros. Foi fundada no século VI a.C. e ainda mantém algumas construções e igrejas antigas. É uma daquelas cidades lindas e medievais que todos sonhamos em visitar.

Foi conquistada pelos romanos em 49 a.C. e em 774 pelos francos. A partir de 1331, os Visconti de Milão começaram a governá-la e passou assim a ser parte da República de Veneza e se tornou uma cidade-fortaleza. Hoje esses fortes deixam a cidade ainda mais bonita!

Bérgamo é dividida em duas cidades:

A Cidade Alta (Città Alta) que é a mais antiga, e sua principal atração é a Piazza Vecchia, praça renascentista onde estão o Palazzo Nuovo, do século XVII, o Palazzo della Ragione do século XII e a Torre Civica com 52 metros de altura.

A Cidade Baixa (Città Bassa) que é a mais nova e dentre suas principais atrações está a Torre dei Caduti, que é uma homenagem aos soldados mortos na Segunda Guerra Mundial.

Para ir da Cidade Baixa para a Alta e vice-versa tem um funicular, a subida é rapidinha, mas andar num funicular é sempre bacana.

Funicular, que gracinha!FunicularFunicularBasilica di Santa Maria MaggioreAltar da Basilica di Santa Maria MaggioreFonte da Piazza VecchiaDetalhe da Piazza VecchiaDetalhe da Piazza VecchiaDetalhe da Piazza VecchiaUma das lindas ruas da Cidade AltaNa cidade existe um Museu Arqueológico, então algumas esculturas de dinossauros ficam espalhados pela cidade. Super legal!

Além de visitar essa cidade linda e histórica, você deve experimentar a gastronomia local que é particularmente gostosa! Aqui mostro alguns deles:

Casoncelli – ravioli de massa fresca, recheado com uma mistura de queijo, pão amanhecido, ovo, carne, amaretto e as vezes uvas passas. É servido com um molho de manteiga derretida e sálvia, pancetta, alho e uma generosa dose de queijo grana ralado. Dá até uma alegria falar desse prato.

Polenta e Polenta Taragna – no inverno comer em Bérgamo é sinônimo de polenta, um produto que representa a alimentação bergamasca. Servido com carne, e muitas vezes com o próprio molho delas. Já a versão taragna, seria uma versão mais “rústica” onde no fim do cozimento se acrescenta boas porções de queijo fresco dos Alpes e manteiga.

Polenta e osei – andando pelo centro histórico vai ser fácil achar em várias vitrines de confeitarias um doce de Bérgamo redondinho e amarelo. São camadas de bolo fofinho, recheado de creme, chocolate e licor, com uma cobertura de açúcar amarelo é um passarinho de chocolate enfeitando.

Uma das lojas de guloseimas maravilhosas da cidadeQual escolher?La Marianna PasticceriaCasoncelliPolenta TaragnaPolenta e osei

Não deixe de ir também na La Marianna Pasticceria, lugar onde foi inventado o gelato de stracciatella (a origem do nosso sorvete de flocos, leia aqui o post que fizemos sobre esse gelato) é incrível!

Rocca di Bergamo – Um complexo que fica na parte alta da cidade e que sempre teve função de defesa, graças a sua altura permite uma visão privilegiada de 360 graus da cidade, e sua vista vai de toda Bérgamo até Milão.

Que vista!

A Rocca é uma fortificação do século XIV, e ainda guarda traços de sua função militar, com canhões e um tanques originais.

Tem muita coisa bacana para conhecer em Bérgamo. Vale muito a pena a visita. Até mais!

Em dialeto milanês “Oh Bej! Oh Bej!” significa Oh belli! Oh belli! (Oh belo! Oh belo!), que é o que as crianças falam assim que olham a linda feirinha. Outra teoria do nome é o que crianças em 1510 falaram ao ver os presentes trazidos pelo Papa Pio IV a cidade. Isso mostra também o quão antiga é essa feirinha. Ela tem 500 anos! A feirinha acontece na semana de Santo Ambrósio, padroeiro da cidade e dura cerca de quatro dias em volta do Castelo Sforzesco, um dos maiores símbolos de Milão. Andar pela feirinha é uma experiência única, banquinhas de mel, artesanato, livros, flores, bebidas quentes e o mais esperado: panettone, o doce mais tradicional milanês.

 

Oh Bej! Oh Bej! é a feirinha perfeita para moradores e turistas acharem aquele presente de natal especial ou simplesmente sentir a magia de natal que está em todos os cantos da feirinha que acontece nos pés de um Castelo!

A Fiera degli Oh Bej Oh Bej! começa dia 06 e vai até o dia 09 de dezembro, das 08:30 às 21:00. Entrada gratuita. 

Todo mundo adora sorvete, de um sabor ou outro. Ninguém sabe ao certo como ele surgiu, mas o que parece é que ele foi inventado pelos chineses há mais de 3 mil anos, feito com neve, mel, gemas de ovos e frutas. Depois os árabes misturaram água, criando assim o sorbet.

Aí vêm os italianos e trocam essa água por creme de leite e fazem o maravilhoso gelato. Sempre com ingredientes super frescos e uma temperatura mantida entre -10°C e -12°C (os sorvetes tradicionais são mantidos abaixo de -20°C), essa temperatura faz toda a diferença na cremosidade e percepção do sabor dos ingredientes frescos. Quanto mais congelado o sorvete, mais anestesiadas ficam as nossas papilas gustativas e menos percebemos o sabor. Aqui tomamos o gelato em qualquer temperatura exatamente por ele não ser tão gelado. Pode estar quase nevando que tem sempre alguém nas gelaterias.

A porcentagem de açúcar garante também sua cremosidade: contém menos de 30% de açúcar (contando inclusive a frutose), enquanto o sorvete tem bem mais que isso de açúcar. Outra diferença é a incorporação de ar que no sorvete é injetada, no gelato é feita de forma natural batendo a massa enquanto gela. E por último, a gordura, que no gelato italiano varia entre 5 e 10% e nos sorvetes convencionais varia entre 18 e 25%. Tudo isso faz o gelato ser essa perfeição que conhecemos.

Agora, como o gelato di stracciatella, que é a idéia do nosso sorvete de flocos foi inventado?

Stracciatella alla romana

Em 1961, Enrico Panattoni faz um gelato particular: um creme super branquinho com pedaços irregulares de chocolate amargo dentro. E pensando em um nome para batizar essa delícia, ele pensou no prato mais famoso de seu restaurante (La Marianna): a stracciatella alla romana, que é uma espécie de sopa com ovos e queijos em um caldo de carne. Os pedacinhos de chocolate lembravam o desenho da sopa, e aí a inspiração para o nome. Hoje esse sabor é feito e vendido no mundo todo e amado por todos. Mas nenhum é como o dessa gelateria, que tem um sabor todo especial, com seus pedacinhos feitos em chocolate 58% cacau da Lindt. O creme branco parece uma espuma docinha e saborosa, não tem como ser mais perfeito!

La Marianna PasticceriaDifícil foi tirar a foto, a vontade é comer o gelato todo rapidinho

La Marianna Pasticceria
Lago Colle Aberto, 4 – Cidade Alta – Bérgamo

Conheça um pouco mais sobre a cidade de Bérgamo

Ciao! A Igreja de San Bernardino alle Ossa, fica pertinho do Duomo (476 metros de distância) e passando por ela é impossível imaginar que dentro de sua capela existam ossos humanos de adultos e crianças em todas as paredes e teto. Antigamente era “normal” o uso de decoração com ossos humanos nas igrejas, quando por exemplo, os cemitérios não tinham mais espaço e estes acabavam nas igrejas ou em grandes catacumbas embaixo das mesmas, tanto que existem várias igrejas ou catacumbas como essa pelo mundo. Nós já visitamos algumas (Igreja de Santa Maria Imaculada em Roma, as Catacumbas de Paris e a Igreja de Santo Estevão em Viena) e é sempre uma coisa impressionante, principalmente quando se vê pela primeira vez.

Não temos medo nenhum dessas igrejas ou catacumbas, muito pelo contrário, mas já vimos mais de uma vez pessoas saírem quase chorando, extremamente assustadas ou enojadas dali. O cheiro de todas elas, algumas piores (Viena) algumas melhores (Milão), são sempre “pesados”, afinal são ossos humanos em ambientes fechados, e seria impossível ter um ar agradável. Normalmente têm muito pó também, afinal não dá pra limpar osso por osso, então, se prepare para um ar meio “estranho”.

Perigo não tem nenhum, essas igrejas passam por desinfecção constante e eles nem deixariam entrar se tivesse algum risco grave, mas mesmo assim é sempre bom lembrar que se você tiver qualquer problema de imunidade melhor evitar. Não custa.

Voltando a Igreja San Bernardino de Milão. Sua história começa quando um cemitério foi aberto em 1127 ali na sua região junto a um hospital para leprosos (que não existe mais) e que rapidamente ficou cheio. Foi criado então um ossário para acolher os ossos dos defuntos em 1210 e ao lado desse ossário surge San Bernardino alle Ossa em 1269.

Após um colapso em 1642 da torre do sino da Igreja adjacente de Santo Stefano Maggiore, os dois edifícios parecem estar seriamente danificados. E em pouco tempo, a parte da frente da igreja foi reparada e, ao mesmo tempo, o arquiteto responsável Carlo Buzzi começa a decorar as paredes com as caveiras.

Os ossos estão ao longo das paredes, do altar, do teto, em tudo. Formam desenhos e contrastes com o fundo preto das paredes. Repare no alto ao fundo da igreja, existem umas caixas de madeira com alguns crânios daqueles que foram condenados a morte por assassinato, presos para sempre. Impressionante essa imagem.

No teto, um afresco de Sebastiano Ricci que representa o Triunfo das almas em um vôo de anjos e as Glórias dos quatro santos protetores: Virgem Maria, Santo Ambrósio, São Sebastião e São Bernardino de Siena, que gera um grande impacto com os ossos em volta, parece que eles estão olhando para você enquanto os anjos voam.

San Bernardino alle OssaOs crânios dos condenadosSan Bernardino alle OssaSan Bernardino alle OssaAfresco de Sebastiano RicciSan Bernardino alle OssaSan Bernardino alle OssaSan Bernardino alle OssaSan Bernardino alle OssaSan Bernardino alle OssaSan Bernardino alle OssaSan Bernardino alle OssaSan Bernardino alle OssaSan Bernardino alle Ossa

Giovanni V, então rei de Portugal, visitando San Bernardino alle Ossa em 1728, ficou tão impressionado que queria uma idêntica construída perto de Lisboa, precisamente em Évora. O edifício se chama Capela dos Ossos e você já deve ter ouvido falar.

Uma lenda diz que no dia 02 de novembro (finados) a ossada de uma menininha que fica do lado esquerdo do altar dança a “dança dos mortos” e é possível ouvir do lado de fora da igreja (nós que não vamos lá para conferir rs).

E você, tem coragem?

Chiesa di San Bernardino alle Ossa 
Via Verziere, 2 Milão
Segunda a sexta das 7:30 as 12:00 e das 13:00 as 16:00
Sábado e domingo das 7:30 as 12:00
Entrada gratuita

Ciao! Decidimos fazer um guia do que fazer em Milão, que é sempre visto como uma cidade “de passagem”, mas tem tanta coisa bacana pra se fazer, que é injusto dizer isso, e lendo essa lista você vai concordar com a gente.

Vamos lá!

Duomo

Nosso lugar predileto em Milão e não precisa de apresentação (leia aqui o post que fizemos exclusivamente para ele). O Duomo é feito em mármore branco-rosa de Candoglia, todo ornamentado e cheio de lendas e de uma beleza ímpar, com estátuas como a de São Bartolomeu que segura sua própria pele em sinal de seu martírio, e algumas outras estranhas como a de pugilistas e uma raquete de tênis. Além da primeira Estátua da Liberdade na sua fachada, feita 70 anos antes da americana e serviu de inspiração para essa. São 3.400 estátuas no total, 135 gárgulas e 700 outras figuras.

Um dos pregos sagrados da cruz de Jesus também está no Duomo, e pode ser visto por todos nós a partir do segundo sábado de setembro, por dois dias.

É passagem obrigatória quando se vem a Milão.

Galleria Vittorio Emanuele II 

Coitado do Touro

Galeria em estilo neo renascentista em forma de cruz que liga o Duomo ao Teatro Scala, é chamada de “salotto” de Milão e segundo um regulamento todas as lojas no seu interior tem o nome escrito em dourado com fundo preto. Dá pra ser mais elegante? Você precisa visitar!

A superstição diz que para retornar a Roma o turista deve jogar uma moedinha na Fontana di Trevi, de costas e olhos fechados. E para retornar a Milão? Bom, a solução, bem menos elegante é girar 3 vezes o calcanhar direito nas partes íntimas do touro que se encontrar no chão de mosaico da Galeria. Isso garante o retorno a cidade. Esse ritual é feito tantas vezes que ele deve ser sempre restaurado.

Teatro alla Scala

É o teatro de óperas de Milão e o maior teatro lírico do mundo. Foi inaugurado em 1778 e inspirou depois a Ópera de Viena. Particularmente não achamos ele muito bonito por fora, talvez por ficar do lado da Galeria Vittorio Emanuele e perto do Duomo ele fique mais “feinho” em comparação, mas por dentro ele é um espetáculo único.

Comprar um dos disputadíssimos bilhetes para as óperas é um exercício de paciência, mas mesmo não conseguindo é possível visitar o museu.

Uma curiosidade é que seu famoso lampadário com 400 lâmpadas não é todo de cristal, mas sim de plástico em algumas partes. Não por motivos econômicos, mas de segurança, ele ficaria muito pesado. O atual lampadário é uma cópia daquele que foi destruído nos bombardeios da Segunda Guerra Mundial. Para limpá-lo, demora vinte dias!

Quadrilatero della Moda 

Milão é sem dúvidas a capital da moda. E o “Quadrilátero de ouro da moda” que é composto por quatro ruas (Via Montenapoleone, Via Alessandro Manzoni, Via della Spiga e Corso Venezia) é onde os estilistas oferecem suas melhores criações.

Passear pelo Quadrilátero é uma oportunidade única para respirarmos a magia de Milão entre as lindas luzes das lojas, a elegância dos atêlies, o charme das perfumarias, cercados pelas maiores marcas: Armani, Versace, Dolce e Gabbana, Prada, Louis Vuitton, Chanel, Gucci, Bulgari, Cartier, Valentino.

É considerada uma das ruas mais caras do mundo junto com a Quinta Avenida em Nova York e Champs Elysees em Paris (aproveite para ler aqui a matéria exclusiva sobre as ruas de compras em Milão).

Andando pelo Quadrilátero você se sente em uma passarela e às vezes é possível encontrar algum famoso fazendo compras, já encontramos uma das Spice Girls por ali.

Chiesa San Bernardino alle Ossa

San Bernardino alle OssaSan Bernardino alle OssaSan Bernardino alle Ossa

Já dissemos no post do Duomo de Milão, no post do Castelo do Drácula na Romênia e no post das Catacumbas de Santo Estevão em Viena (quantos!) que adoramos coisas macabras. Então, essa igreja fica pertinho do Duomo e contém ossos humanos, sim, crânios, tíbias, de adultos e crianças cobrem as paredes da capela.

Sendo um lugar macabro assim, existem várias hipóteses e lendas da origem dos ossos: pela peste, ossos dos mártires cristãos guiados por São Ambrósio contra os arianos, mortos pela invasão bárbara no ano de 539, e tantas outras.

Uma lenda narra que um esqueleto de uma menininha que fica no lado esquerdo do altar do ossário, no dia de finados volta a vida e dança com os outros ossos a “dança dos mortos”.

E olhando para cima, em uma caixinha de madeira alguns ossos de assassinos ainda estão “presos” para a eternidade.

A entrada é gratuita e sempre ficamos uma meia hora sentados ali, tentando imaginar a história de cada um daqueles ossos. É um lugar realmente surpreendente de Milão e vale uma visita.

Cenaculo Vinciano

A Última Ceia de Leonardo da Vinci em Milão é passagem obrigatória também, você já percebeu que sempre que pensa na imagem da Santa Ceia vem essa pintura a mente? Leonardo da Vinci praticamente criou o retrato dessa história bíblica. Você tem que ver! Ele foi pintado na parede onde era o refeitório do Convento di Santa Maria delle Grazie e confesso que saímos muito emocionados ao vê-lo, com o tempo a pintura está se apagando e é muito triste saber que uma obra dessa importância está acabando. Para visitá-lo você deve se organizar bem, os ingressos são super concorridos e é praticamente impossível comprar na hora.

Castello Sforzesco

O Sforzesco fica numa linha reta saindo do Duomo, e o caminho entre eles é uma rua linda, cheia de restaurantes, sorveterias, lojas e é um dos passeios mais bacanas em Milão. Dentro dele, no pátio, é possível comer um lanchinho, conversar, ficar horas tomando sol, beber água nas “viuvinhas” e ver os turistas e moradores passeando. O Castelo é também um importante museu de instrumentos musicais, de arte decorativa, arte pré-histórica, entre outros. Nossa obra favorita ali que é a Pietà Rondanini, escultura não finalizada de Michelângelo que seria usada para seu túmulo, porém ele morreu antes de termina-la. Os ingressos são comprados na hora.

Uma dica bem legal é que todo primeiro domingo do mês a entrada é gratuita nos museus. Então, se vier a Milão e gostar de museus, aproveite (veja aqui quando e quais museus de Milão são gratuitos).

Aproveite também e faça um passeio no Parco Sempione, antes jardim do Castelo e exclusivo da família real, hoje é um dos lugares preferidos dos milaneses. Relaxe com a vista do Castelo de um lado e o Arco della Pace de outro.

Navigli

São dois canais antes usados para transportes de mercadorias de Milão, hoje uma das zonas mais frequentadas e amadas de turistas e moradores. Faça o caminho saindo do Duomo, passando pela Via Torino, chegando a Porta Ticinese e na Piazza XXIV Maggio, demora cerca de meia hora, mas as vezes demora mais porque na Via Torino é fácil se distrair com várias lojas bem legais.

No Navigli existem vários barzinhos, restaurantes onde os milaneses e turistas fazem o “aperitivo” que é o nosso Happy Hour com a diferença que se come (quantas vezes quiser repetir) os buffets disponíveis. Basta comprar uma bebida, cerveja, vinho, um drink, e o buffet é incluso. Nós, e a maior parte daqueles que fazem o aperitivo, já aproveitam e fazem o “apericena“, aperitivo + cena (jantar).

Ainda sobre o Navigli, conheça: A Viela dos Lavandeiros: um pequeno vislumbre da história de Milão.

Chiesa di Santa Maria presso San Satiro

Chiesa di Santa Maria presso San Satiro Chiesa di Santa Maria presso San Satiro

A Chiesa di San Satiro é fantástica, fica escondida na Via Torino. Entrando é uma igreja comum, mas andando em direção ao altar você percebe que tem algo “errado”. Ela esconde uma ilusão de ótica, obra de Bramante, um dos maiores arquitetos italianos. Ele pintou a abside em 97 centímetros e não 9 metros e setenta centímetros como era o projeto original, tornando essa igreja uma obra-prima do estudo de perspectiva.

Cimitero Monumentale

Famedio

Cheio de obras de arte funerárias clássicas e contemporâneas com templos gregos e obeliscos o Cemitério Monumental é um museu a céu aberto. Sua entrada principal, chamada de Famedio, foi pensada para ser uma igreja inicialmente e alguns monumentos fúnebres de famílias milanesas importantes como Pirelli e Campari estão ali. Abandonado no fundo do cemitério tem o primeiro crematório da Europa e andando por ele é fácil esquecer que é um cemitério.

Pinacoteca di Brera

Napoleão Bonaparte em vestes de Vênus Pacificador, fica na entrada da Pinacoteca

Um dos museus mais importantes do mundo, com obras como “Achando o corpo de São Marcos”, de Tintoretto; “O Beijo”, de Francesco Hayez, “O Casamento da Virgem”, de Rafael, e em especial “Lamento sobre Cristo Morto”, de Mantegna. A Pinacoteca de Brera (leia aqui sobre Brera) tem entrada gratuita no primeiro domingo do mês e vale muito a visita, principalmente para quem adora museus. Independente das obras em exposição, o prédio da Pinacoteca é uma obra de arte por si só.

Certosa di Milano

A Igreja de São Maurizio ou “Capela Sistina” de Milão. Totalmente fora do circuito turístico. Não foi pintada pelo gênio Michelangelo como a do Vaticano, mas é especialmente bela também, de autoria do pintor lombardo Bernardino Luigi, e é considerada uma das mais importantes pinturas lombardas do século XVI.

A igreja fazia parte do Monastério das freiras beneditinas e depois transformado em um convento de clausura, para onde iam as donzelas milanesas ricas. Sendo assim, a família de uma delas, os Bentivoglio construíram a igreja em 1503.

Sua contra fachada é do mestre Caravaggio, o qual somos especialmente fãs.

É uma daquelas igrejas não famosas dos turistas, mas que deve ser visitada, é espetacular.

Basilica di Sant’Ambrogio

Basilica di Sant'AmbrogioBasilica di Sant'AmbrogioBasilica di Sant'Ambrogio

Uma das mais antigas igrejas de Milão, construída em 387 pelo próprio santo que lhe dá o nome. Um ponto muito forte da Basílica é a decoração de mosaico de Cristo Redentor entronado entre os Santos Gervásio e Protásio em trajes militares e duas cenas da vida de Santo Ambrósio, como ele descansando e outra dele sendo carregado por anjos para Tours a fim de celebrar o funeral de São Martinho, patrono da igreja francesa. Foram escolhidos assim para celebrar a aliança entre a igreja milanesa e a francesa, que remonta ao século IX, mas quase completamente restaurado após os bombardeios da Segunda Guerra Mundial.

La Colonna del Diavolo

A esquerda da Basílica de Santo Ambrósio fica uma coluna romana com dois furos que, segundo as lendas, foi feita por uma chifrada do Diabo.

La Colonna del DiavoloLa Colonna del Diavolo

Uma manhã, Santo Ambrósio estava caminhando pela Basílica e encontra Satanás. Conversaram por um bom tempo, no qual ele tenta convencer o Santo a desistir de seus votos. Cansado das tentativas, Santo Ambrósio luta e dá um chute, fazendo o diabo cair de cabeça contra a coluna, formando os dois furos e ficando ali preso por dois dias até conseguir criar um portal para o inferno e fugir.

Dizem que ainda hoje se aproximando dos buracos se sente cheiro de enxofre e o barulho do fogo infernal. E ainda que na Páscoa se pode ver uma carroça com as almas danadas, puxadas pelo próprio Diabo. Que história não?

Colonne di San Lorenzo

Na frente da Basílica de São Lourenço é possível voltar no tempo e admirar uma Milão antiga, com 16 colunas de inteiro mármore da época que a cidade era a capital do Império Romano Ocidental. Foi ali que o Imperador Constantino, em 313 consentiu a liberdade de culto, inclusive cristã. Em sua parede está a Lápide de Lucio Vero, do ano 167 d.C. Lucio, junto com Marco Aurélio, governaram o Império Romano.

É uma parte bem bacana da cidade, cheia de barzinhos em volta, muitos jovens se reunem à noite para conversar e também fazer o famoso “aperitivo”.

Fondazione Prada

Instituição dedicada a arte contemporânea e cultura. De 1993 a 2010 a Fundação organizou um espaço expositivo de 24 personalidades artísticas de nível internacional em Milão. De 2005 a 2009, em ocasião da Bienal de Viena, foram expostas também obras de personalidades em Veneza.

Nos últimos 20 anos foram promovidas atividades cinematográficas e em 2011 a Fundação abre uma sede em Veneza, seguida em 2015 por uma sede em Milão.

É uma parte nova na cidade e nada turística, ainda, mas é bem moderna e interessante.

Chinatown

É o bairro de Milão com o maior número de lojas e moradores chineses. Adoramos a Chinatown! Divertida, cheia de comidinhas diferentes e gostosas, é um ótimo passeio.

Um dos mercadinhos de Chinatown, vontade de comprar tudo!

A doceria Huang Ji Dessert e seu famoso suco de frutas e doces, fica dentro do Oriental Mall. O restaurante Hua Cheng, com pratos deliciosos fora do rolinho primavera. Não deixe de ir no Kathay Food, que tem produtos desde tailandeses até os nossos brasileiros!

CityLife

CityLifeCityLifeCityLife

É um projeto de requalificação do quarteirão Fiera di Milano, com o intuito de criar uma nova urbanização e um grande impacto visual. Após um concurso, foi criada a sociedade “CityLife“, controlada agora pelo Gruppo Generali e participação da Allianz. O projeto foi lançado em 2004, começou a ser realizado em 2007 e deveria ficar pronto até a Expo em 2015, mas atrasou e ainda está em finalização no ano de 2018.

O projeto e seus 3 arranha-céus (Tre Torri): o reto, o torto (estão prontos) e o curvo (em construção). Esses arranha-céus desafiam a engenharia com seu projeto audacioso, mas ao mesmo tempo mostra toda a modernidade de Milão.

O projeto inclui a maior área para pedestres da cidade e uma das maiores da Europa.

O Shopping CityLife que está entre os 3 prédios é também super moderno, elegante, com muitas lojas, restaurantes, fácil acesso com um metrô na porta (Estação Tre Torre – Linha Lilás). Seu estilo foi inspirado em um bosque, com revestimento do teto e piso em bamboo. Lindo!

San Siro Stadio

Estádio do Milan e do Inter de Milão, que também dividem seu museu. Esse estádio tem shows, muitos jogos e é perfeito para quem gosta de esporte. Tem visita guiada e o acesso é super fácil, tem um metrô na porta (Estação San Siro Stadio – Linha Lilás).

Bosco Verticale

É um edifício residencial sustentável que contribui para o meio-ambiente e biodiversidade urbana. A primeira vez que vimos ficamos impressionados, ele é lindíssimo e muito diferente, as plantas ajudam a manter a umidade correta do ar, deixando os apartamentos mais frescos no verão e também auxiliam no isolamento acústico. Sendo residencial só podemos ver de fora, a não ser que tenha um amigo morador.

Piazza degli Affari

Praça da famosa escultura L.O.V.E, ou “O Dedo”, que é essa escultura malcriada da imagem que fica bem na frente da bolsa de valores de Milão. Oficialmente se trata de uma saudação romana (braço direito alto cerca de 135 graus e a palma da mão reta com os dedos unidos), porém com quatro dedos cortados, deixando apenas o dedo médio. Já foi associada como protesto as altas finanças, mas seu criador Maurizio Cattelan nunca confirmou essa teoria. De qualquer forma é uma obra interessante e divertida.

Tá vendo como Milão é surpreendente, cheia de mistérios, lendas e histórias?

Até a próxima! Bacione!

Cemitério Central de Viena (Zentralfriedhof) tem mais de 3 milhões de mortos, e conta com enterros católicos, uma sessão para os protestantes e ortodoxos, além de outras religiões como muçulmana, judia e atualmente budista. Com tantas religiões nesse cemitério, houve um certo mal-estar, então as autoridades decidiram deixá-lo mais “popular”, levando mortos famosos para lá. Existe um setor dos “músicos”, onde os grandes compositores clássicos ficam lado a lado.

Túmulo Beethoven

Ludwig Van Beethoven é um deles. Nascido na Alemanha, não foi um grande músico desde criança como alguns e mudando para Viena, aperfeiçoou sua técnica a ponto de se tornar um dos maiores gênios da música clássica.

Aos 28 anos, já um consagrado compositor, começou a sentir problemas auditivos, sendo diagnosticado com uma doença degenerativa.

Sua surdez não o impediu de criar a Sinfonia n.9 (Coral) (tema do filme “Laranja Mecânica”), foi criada quando ele estava completamente surdo.

O grande compositor morreu em 1827 e foi enterrado com mais 200 mil pessoas lhe prestando homenagem no cemitério de Währing. Em 1888 foi exumado e novamente enterrado em Zentralfriedhof.

Túmulo em homenagem a Mozart em St. Marx

Wolfgang Amadeus Mozart não pode ser transferido, não se sabe a localização de seu corpo. Existem diversos mistérios sobre sua morte e as informações são vagas e confusas. O que se sabe é que Mozart morreu na madrugada de 05 de dezembro de 1791 aos 35 anos. Sua esposa Constanze foi aconselhada a gastar pouco com o enterro, eles passavam por sérios problemas financeiros. O corpo de Mozart foi levado para ser velado na capela de Santo Estêvão no dia seguinte onde houve uma forte nevasca (essa informação é desencontrada), então apenas no outro dia, dois dias após sua morte, foi enterrado como indigente. Sua condição financeira não permitiu lápide ou qualquer outra identificação. A questão é: como não se sabe sua exata localização?

Segundo costumes de época, os vienenses não costumavam acompanhar os enterros, o que explicaria a ausência da esposa, além de sua saúde debilitada, não havendo assim nenhuma testemunha. Porém, existem informações que Constanze foi no dia seguinte no cemitério, mas ninguém soube dizer onde Mozart estava. Outras informações dizem que ela foi apenas 17 anos depois visitá-lo e colocou uma cruz onde agora existe o monumento em sua homenagem no Cemitério de St. Marx.

Não sabendo a localização do corpo de Mozart, foi impossível sua transferência para Zentralfriedhof. Como não é concebível que o gênio ficasse fora do setor dedicado aos compositores, fizeram um monumento em homenagem a ele junto a Beethoven, Schubert, Strauss e Brahms.

Mozart é meu compositor preferido junto ao Beethoven, perdi as contas quantas horas passei ouvindo suas lindas composições junto a meu irmão mais velho, que é amante de música clássica como eu. Perdi as contam também quantas vezes assisti “Amadeus”, filme super antigo que retrata a vida e os infortúneos de Mozart. Imaginem a emoção quando vi seu túmulo em Viena?

Túmulo Strauss

Dinastia Strauss, renomados na arte de compor valsas estão enterrados em Zentralfriedhof. Johann Strauss (filho), o maior entre eles e autor de “Danúbio Azul”, nasceu em Viena e seu pai sempre foi contrário a sua formação musical. Quando este morre, Strauss o filho pode dedicar sua vida a música. Fez bastante sucesso em vida, sendo muito aplaudido em suas apresentações. Está enterrado entre Schubert e Brahms, junto a sua esposa Adele, o qual era extremamente apaixonado.

Franz Schubert, morto aos 31 anos de sífilis e febre tifóide, nunca conheceu a fama e o dinheiro. Suas obras, apesar de fantásticas, nunca fizeram sucesso enquanto vivo. Ele era um grande admirador de Beethoven, e se inspirou muito nele. Moravam na mesma cidade, mas nunca se encontraram. Schubert estava no enterro de Beethoven e ajudou a carregar seu caixão, e pediu para que fosse enterrado perto dele, assim aconteceu.

Túmulo Brahms

Johannes Brahms, aos 12 anos já ganhava dinheiro tocando em tavernas e festas na Alemanha, onde nasceu. Aos 15, apresentou seu primeiro concerto com peças de Beethoven, Bach e Mendelssohn, além de uma composição de sua autoria “Fantasia Sobre Uma Valsa Favorita”. O sucesso foi absoluto.

Em 1862 se muda para Viena, onde passa a maior parte de sua vida. Com grandes produções e prestígio, Brahms se torna um homem famoso e rico. Morre de câncer no fígado no ano de 1897 em Viena. Está ao lado de Strauss no Cemitério de Zentralfriedhof, junto aos outros compositores.

Esses túmulos de honra não são exclusivos dos compositores clássicos. Existe o costume de trazer restos mortais de quem inclusive não morreu na cidade de Viena. Assim, existem mais de mil túmulos de honra espalhados pelos 2,5 quilômetros de Zentralfriedhof. Achei um lugar incrivelmente interessante e com um grande peso histórico.

A famosa rede de cafeterias americana Starbucks abriu em setembro sua primeira loja em Milão. Diferente das outras e com um design incrível, essa se torna uma loja conceito na rede. Apesar de várias lojas pelo mundo, aqui na Itália demorou um pouco, os italianos tem uma cultura bem particular ao café: o expresso e o cappuccino são feitos e consumidos como um “ritual” e eles muitas vezes se tornam resistentes ao café americano. Eu não reclamo, o café aqui é maravilhoso.

Oferecendo um panorama único mundial gastronômico, essa loja, inspirada pela arquitetura italiana (ela fica no antigo prédio do Correio) serve não apenas os clássicos italianos da cafeteria, mas também o gelato, doces e salgados italianos a fim de agradar não só os turistas.

A Starbucks tem uma história particular em Milão: Howard Schultz, fundador da marca, conta que sua inspiração ao criar a cafeteria veio de uma viagem a cidade da moda em 1983. “Minha imaginação foi capturada pelo café italiano, pelo romantismo, pela teatralidade do gesto na preparação em bares, para mim o café no bar é o terceiro lugar fundamental no cotidiano dos italianos. Este lugar entre casa e trabalho foi a inspiração do que mais tarde se tornaria a Starbucks”. E sendo o lugar de inspiração, nada mais justo que Milão ser a sede da maior e mais bela loja.

Fica na Via Cordusio 3, entre o Duomo e o Castello Sforzesco. Tem vários lugares para sentar dentro e fora, um moedor de cobre lindíssimo e um ambiente moderno e elegante.

E não pára por ai! Já abriu uma segunda loja, não uma loja conceito mas a clássica Starbucks na Corso Garibaldi também em Milão, no mês de novembro. E já anunciou que abrirá uma terceira na San Babila. E ainda uma quarta no Aeroporto de Malpensa. A Starbucks está invadindo Milão!