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Ciao! Sempre que viajamos a outras cidades com pouco tempo, tentamos otimizar o roteiro e não perder nada que seja importante de ver. Em todas as cidades existem lugares essenciais que não podem deixar de ser vistos. Claro que o ideal é ter uma semana para visitar tranquilamente, entrar em todos os museus, mas nem sempre isso é possível, então fizemos um super roteiro de 1 dia para você que está com o tempo corrido em Milão (e que isso não se repita!). Vamos lá!

Comece (cedo) pelo Duomo

Nosso lugar predileto em Milão e não precisa de muita apresentação (leia aqui o post que fizemos exclusivamente para ele). O Duomo é imponente, todo feito em mármore branco-rosa de Candoglia, ornamentado com estátuas como a de São Bartolomeu que segura sua própria pele em sinal de seu martírio (isso você precisa ver), e algumas outras estátuas estranhas como a de pugilistas e uma raquete de tênis. Além da primeira Estátua da Liberdade na sua fachada, feita 70 anos antes da americana e serviu de inspiração para essa. São 3.400 estátuas no total, 135 gárgulas e 700 outras figuras. Moramos em Milão a alguns anos e ainda encontramos estátuas que nunca tínhamos reparado, é uma delícia ficar olhando para ele.

Saída da estação Duomo na linha vermelha do metrô: que vista!

E não tenha pressa na sua visita, reserve umas 2h para o Duomo, que abre as 8 da manhã e se começar cedo por ele, terá o dia todo livre para também conhecer outros pontos da cidade. Vá com calma, contemple cada pedacinho de história por dentro e por fora dele, e se o tempo permitir, suba aos telhados, a vista é maravilhosa. Para chegar nele, pegue a linha vermelha (M1) ou amarela (M3) do metrô e desça na estação Duomo. 

Galleria Vittorio Emanuele II

Saindo do Duomo, caminhe até a Galeria que tem forma de cruz e liga o Duomo ao Teatro Scala, ela é chamada de “salotto” de Milão e todas as lojas no seu interior tem o nome escrito em dourado com fundo preto, por regra. Dá pra ser mais elegante? Diz a superstição que para retornar a Roma o turista deve jogar uma moedinha na Fontana di Trevi, de costas e olhos fechados. E para retornar a Milão? Bom, a solução, bem menos elegante é girar 3 vezes o calcanhar direito nas partes íntimas do touro que se encontra no chão de mosaico da Galeria. Isso garante o retorno a cidade.

Pise também no touro para voltar mais e mais vezes a Milão!

Piazza della Scala 

Depois de pisar no touro, continue atravessando a Galleria e chegue ao Teatro della Scala, maior teatro de óperas de Milão e o maior teatro lírico do mundo. Na praça que fica em frente a ele tem uma estátua do Leonardo da Vinci, com um jardim em volta. No teatro, comprar um dos disputadíssimos bilhetes para as óperas é um exercício de paciência, mas mesmo não conseguindo é possível visitar o museu, que é bem bacana também.

Estátua do Leonardo da Vinci

Se nesse momento der uma fominha, almoce um belo risoto, prato típico milanês no restaurante Savini, dentro da Galeria (lugar que Grace Kelly disse ter comido o melhor risoto de sua vida) ou um almoço mais rápido e econômico com um panzerotto, uma espécie de calzone, no Luini ou na Antica Pizza Fritta da Zia Esterina Sorbillo, ambos ficam próximo ao teatro Scala e são deliciosos (veja aqui 10 opções de street food em Milão).

Castello Sforzesco

Ver um castelo nunca é demais

Depois do almoço é sempre bom sentar e descansar um pouco não é? Vá até o Castello Sforzesco e no seu pátio interno aproveite para sentar um pouco, beber uma água na sua fonte de água potável, ver o movimento de moradores e turistas passeando. 

Atrás do Castelo tem o Parco Sempione, aproveite e conheça também

Cenacolo Vinciano – Última Ceia de Leonardo da Vinci

Fôlego recarregado, hora de voltar ao passeio. E a Última Ceia de Leonardo da Vinci em Milão é uma visita obrigatória também, você já percebeu que sempre que pensa na imagem da Santa Ceia vem essa pintura a mente? Leonardo da Vinci praticamente criou o retrato dessa história bíblica. Você tem que ver! Ele foi pintado na parede onde era o refeitório do Convento di Santa Maria delle Grazie e saímos emocionados ao vê-lo, com o tempo a pintura está se apagando e é muito triste saber que uma obra dessa importância está acabando. Para visitá-lo você deve se organizar bem, os ingressos são super concorridos e é praticamente impossível comprar na hora.

Colocamos o Cenacolo nessa ordem, mas dependendo do horário que comprar seu ingresso, troque a ordem desse roteiro, tudo é perto e possível de fazer a pé.

Termine seu dia no Navigli

Impossível ver essa foto e não querer conhecer Milão

Depois de ver a cidade, hora de relaxar fazendo o que os milaneses adoram: um aperitivo no Navigli. Que são dois canais antes usados para transportes de mercadorias de Milão, hoje uma das zonas mais frequentadas e amadas de turistas e moradores.

No Navigli existem vários barzinhos, restaurantes onde os milaneses e turistas fazem o “aperitivo” que é o nosso Happy Hour com a diferença que se come (quantas vezes quiser repetir, sem medo) os buffets disponíveis. Basta comprar uma bebida, cerveja, vinho, um drink, e o buffet é incluso. Nós, e a maior parte daqueles que fazem o aperitivo, já aproveitam e fazem o “apericena“, aperitivo + cena (jantar).

Milão é uma cidade viva e temos certeza que você vai querer voltar mais vezes e com mais tempo. E uma dica extra é que você pode fazer todo esse passeio cultural sendo fotografado por nós do Descubra Milão, fotógrafos a mais de 10 anos, e sair da cidade com as mais lindas recordações e ainda tomar um cafezinho com a gente, legal né? Nos mande uma mensagem para saber mais! 

Até a próxima! Bacio.

Sempre foi meu sonho visitar o Castelo do Drácula na Transilvânia. Como disse no post sobre Bucareste, sou apaixonada pela história dele. Consegui realizar esse sonho e conto um pouquinho como foi!

O Castelo está na cidade de Bram, na Transilvânia, e foi a hospedagem de Vlad Tepes, o empalador, por apenas uma noite. Mesmo assim o Castelo é famoso por ser o do Conde Drácula, personagem inspirado nele por Bram Stoker, famoso escritor irlandês.

Linda montanha de pedra em Brasov

Com um carro alugado (é possível chegar de trem também, mas preferimos alugar o carro) e chegamos em Bram em quase 3 horas, saindo de Bucareste. A estrada é boa, chegamos sem nenhum problema e não tem pedágio. A cidade de Bram é bem pequena e charmosa, e você já sabe que está perto do Castelo pela fila de carros que segue até ele. Existem alguns estacionamentos pagos e alguns estacionamentos na rua gratuitos com poucas vagas, demos sorte e achamos uma. Não tem perigo nenhum, se achar uma vaga, pode deixar tranquilamente. O clima da cidade é de um turismo bem bacana.

Em volta do Castelo existem muitas lojas e barraquinhas vendendo todos os tipos de lembrancinhas, camisetas, imãs, canecas, canetas, tudo que a imaginação mandar. Como eu amo feirinhas, fiquei um tempão tentando escolher uma camiseta do Vlad e alguns imãs para nossa coleção, já tinha comprado em Bucareste um muito legal com o rosto do Drácula estampado numa nota, mas queria mais. Os vendedores falam minimamente o inglês e dá pra se comunicar bem, nem que seja apontando, fiz isso várias vezes porque definitivamente não entendo nada de romeno.
A moeda da Romênia é chamada de Lei, e é próxima ao real na cotação, e os preços na Romênia são bem atrativos. Uma camiseta na feirinha custou 30 Lei, muito bonitinha. Uma caneca custa de 5 a 10 Lei e os imãs entre 5 e 12 Lei. Inclusive, passe em algum mercado na Romênia, dá vontade de comprar tudo, é tudo é muito gostoso. Não esqueça de comprar quantos pacotes de pão-de-mel você puder carregar, são surreais!

Carol no Castelo de BramArmaduras do CasteloQuadro de Vlad TepesUma das salas do CasteloO Castelo, maravilhoso!Carol entrando no CasteloA entrada do CasteloCruz que fica quase na entrada do CasteloQue Castelo é esse? Lindo!

O Castelo é de fácil acesso e dá para comprar os ingressos na porta sem nenhum problema ou online sem acréscimo de valor, não é por hora marcada, comprando o ingresso pode usar quando quiser. Apenas atenção nos horários porque no inverno a última entrada é as 16 horas. Custa 20 Lei adulto e é possível consultar todos os preços no site do Castelo www.bran-castle.com

A nossa visita durou cerca de 2 horas e meia, o Castelo tem muita coisa para ver, muita coisa interessante e é muito bonito e bem conservado. Apesar do Castelo ter como seu principal “astro” o Conde Drácula, grande parte do Castelo tem como exposição outros assuntos, como o quarto da Rainha Maria da Romênia, e o quarto de alguns príncipes, por exemplo. Sobre Vlad Tepes existe o famoso quadro com seu rosto e sua árvore genealógica, entre outras coisas. Existem também menções a outros filmes de terror sobre vampiros.

Iron MaidenCadeira de torturaIron Maiden

Compramos o ingresso por 10 Lei para visitar a sala de tortura, onde fica em exposição aparelhos medievais de tortura como uma Iron Maiden ou dama de ferro, uma cápsula de ferro com um rosto esculpido, usada para pequenas torturas onde o torturado ou condenado pudesse responder ao interrogador ou sofrer ferimentos através de facas ou pregos. Você pode lembrar da banda inglesa Iron Maiden também com esse nome, nós lembramos, é a banda preferida do Rodrigo.

Saindo do Castelo, ainda no seu jardim é possível fazer as famosas fotos no pé do Castelo (a inspiração para a nossa foi uma do Alice Cooper nesse Castelo) e uma coisa é verdade, ele pode não ser a casa do Drácula, mas é muito imponente e amedronta pela sua altura. Ele fica em cima de uma pedra altíssima, parece de mentira.

Depois de fazer várias fotos e antes de ir embora, pude provar o Kurtőskalács de origem húngara, mas facilmente encontrado na Romênia, é um meio entre um pão e um doce. Feito em forma cilíndrica numa espécie de churrasqueira, fica girando e assando, deixando ele crocante e macio, caramelizado e docinho, podendo vir com uma cobertura de amendoim, castanha, e várias outras. Ele é quentinho e gigante, mas acredite, ele é tão gostoso que acaba rapidinho. Custou 12 Lei. O problema agora é achar esse pão aqui em Milão, que não tem e queríamos comer todo dia.

Na nossa visita ao Castelo não encontramos nenhum vampiro, infelizmente, mas a visita valeu muito a pena e superou nossas expectativas. Não apenas porque sou uma grande fã do Drácula (no caso do Rodrigo que virou fã também, acho que de tanto eu contar histórias do Drácula para ele), mas porque o castelo e a cidade de Bram são diferentes e encantadores. Até mais!