Ciao a tutti! Quem sempre tem um panetone enfeitando a mesa de Natal levanta a mão! Impossível pensar nas festas de fim de ano sem um exemplar desse tradicional pão doce fofinho super famoso que foi criado aqui em Milão. Sabia dessa, que ele foi criado aqui? O mais famoso doce da nossa cidade tem sucesso mundial e vamos te contar todas as histórias sobre ele aqui, vamos lá!

Algumas lendas giram em torno do panetone (que em italiano é panettone) e segundo uma das lendas, seria Toni, um humilde ajudante de cozinheiro de Ludovico il Moro, duque de Milão, a inventar um dos doces mais tradicionais milaneses. Eis a história: na vigília de Natal, Toni que era o ajudante do Chef, cansado do trabalho de dias na corte, esquece no forno e queima o doce preparado para o banquete ducal. Decide assim, no desespero, sacrificar uma fermentação que havia preparado para um pão de sua ceia pessoal e acrescenta farinha, ovos, açúcar, passas e frutas cristalizadas, obtendo uma massa fofinha. O duque e os convidados gostaram muito da sobremesa e, quando perguntam ao Chef o que era aquele pão, este responde: é o pão do Toni! Fazendo um grande sucesso, Ludovico o chama de “Pan de Toni” em homenagem a seu criador.

Outra lenda da origem do Panetone é que o jovem Ughetto di Atellani, que vivia em Milão se apaixonou pela bela Adalgisa, filha de um padeiro. Foi contratado pelo pai da amada para ser seu ajudante e a fim de aumentar as vendas da padaria inventou uma sobremesa: pegou sua melhor farinha, amassou com ovos, manteiga, mel e passas. Foi um sucesso tão grande que todos queriam esse pão. Algum tempo depois os jovens se casaram e viveram felizes para sempre.

A verdadeira origem do Panetone

Era comum celebrar o Natal com um pão mais rico de ingredientes que nos dias “comuns”. O chefe da família cortava uma fatia do pão para cada convidado e deixava uma fatia separada para o próximo ano, em sinal de continuidade.

Até 1395 todos os fornos de Milão tinham permissão de assar pães de trigo apenas no Natal para presentear seus clientes. Assim, a tradição de assar e comer pães enriquecidos no período natalício é muito antiga em toda a Europa.

Em 1606, segundo o primeiro dicionário milanês-italiano, aparece o Panattón ou Panatton de Natal, que é o pão feito de trigo enriquecido com manteiga, ovos, manteiga, uvas passas, amêndoas, mas ainda sem fermento. E deveria ser feito apenas no Natal.

A primeira vez que se fala no uso do fermento é em 1853 no livro “O novo cozinheiro milanês econômico” de Giovanni Felice.

Hoje, em Milão, é consumido o ano todo como sobremesa, mas especialmente no Natal, tamanha tradição. O Panetone é famoso também no Brasil e Argentina. Aqui na Itália, ele é um pouco mais fofinho e o sabor é um pouco diferente do brasileiro, existem versões salgadas que são recheadas com queijos, salames, presuntos, e ficam uma delicia. A versão doce tem uma infinidade de sabores, como a versão com creme de limoncello (um licor de limão maravilhoso, um de nossos preferidos), mas nada ganha da versão tradicional.

Adoramos Panetone e você?

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